Já dificultado pela indefinição, planejamento do Vasco para 2020 sofre forte abalo sem Luxemburgo

A decisão de Vanderlei Luxemburgo de deixar o Vasco se arrastou ao longo do último mês. As negociações, que chegaram a avançar, não foram concretizadas. Entre as exigências do treinador para permanecer em São Januário, um planejamento para 2020 com um time mais competitivo e um investimento que a diretoria entendeu que não poderia pagar. Com isso, o futuro vascaíno para a próxima temporada ainda é nebuloso.

Luxa deixou claro na nota oficial de despedida que queria uma equipe para brigar por títulos no ano que vem. Mais do que apenas manter os vencimentos em dia, o treinador pedia um aumento considerável no salário e alto investimento no elenco. O Vasco, porém, entende que não pode fazer o que considera loucuras nos cofres, mesmo com a vaga na Copa Sul-Americana e o aumento no número de sócios-torcedores.

O pensamento vascaíno para formar a equipe da próxima temporada consiste em encontrar alternativas no mercado, seja interno ou internacional, que sejam por empréstimo, de baixo custo ou de graça, mas sem salários exorbitantes. Atualmente, o Cruz-Maltino não vê maneira de desembolsar grandes montantes para adquirir os direitos de atletas.

Muito por conta da indefinição sobre o comando e da confiança que o clube tinha sobre a permanência de Luxemburgo para 2020, os planos para a temporada que vem estão estagnados. Muitos atletas, como Oswaldo Henríquez e Fredy Guarín, aguardavam o "fico" do treinador para renovação de contrato. Neste momento, jogadores em fim de vínculo permanecem sem definição sobre o futuro. O Cruz-Maltino deixou todas as conversas em aberto com os atletas, voltando a prioridade para Luxa.

De todo modo, o clube contava com a opinião de Luxa, e segue contando com a opinião do próximo treinador para definir, inclusive, algumas outras questões básicas. Algumas são sobre atletas que voltam de empréstimo - se serão utilizados ou novamente negociados.