Erros primários geram nova derrota do Vasco. Pior momento da história do clube exige mudanças drásticas
Cruz-Maltino perdeu para o Avaí nesta segunda-feira e se colocou cada vez mais longe da briga pelo G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Valências táticas pouco resumem
Eu poderia vir aqui e falar da profundidade que o Vasco procurou ter com Morato de um lado e os Léos Jabá e Matos do outro. Poderia citar a grande intervenção de Lisca que é Zeca atacar como volante. Mas o Cruz-Maltino comete erros elementares. Tem problemas primários para resolver se quiser ter o direito de sonhar com o acesso. Hoje, o time de São Januário não tem.
Chega a ser triste constatar que os dois primeiros gols do Avaí, na última segunda-feira, tiveram doses cavalares de incompetência defensiva do Vasco. Dois dos três gols. Assim como é triste constatar, para um clube do tamanho do Cruz-Maltino, que 12 pontos foram perdidos para Operário e Avaí. Duas derrotas para cada um deles.
É um fato que as chances de acesso do time de São Januário, que eram de 8% antes do início da rodada 23, provavelmente estarão menores ao final dela.
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Outro fato é que a mudança de treinador já não deu certo. Marcelo Cabo esteve à frente do time por 12 rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro e conquistou 18 pontos. O Vasco estava em oitavo lugar. Lisca tem 12 pontos em dez jogos. Poderá, no máximo, igualar a pontuação.
Não é que para subir o time precise mudar da água para o vinho. É preciso mudar da água de nascente para o vinho mais caro do planeta. Sem exageros. O Vasco atual é indigno de quem quer subir. Este é o pior momento da história do clube.