LANCE! Espresso: O ‘apagão’ nas eleições é o retrato fiel do Vasco
Em pleito sem resultado validado, o Cruz-Maltino prova que continua perdido em seu próprio amadorismo
Você acha difícil entender como funcionam as eleições americanas? Bom, por aqui temos o pleito para a presidência do Vasco, um processo historicamente repleto de dúvidas e falta de transparência.
Após os candidatos entrarem em consenso, a eleição, que já havia sido remarcada, foi antecipada para o sábado, com votos presenciais na sede do clube. Houve de tudo: discussões, brigas, relatos de tiros do lado de fora de São Januário e, no começo da noite, uma nova decisão judicial que suspendeu a votação. Mas teve soma de votos, e Leven Siano, da chapa "Somamos", venceu com 1.115 votos para ser o presidente do triênio 2021-2023. Venceu, mas não foi eleito, já que a justiça ainda não permite a a proclamação do resultado.
O Vasco clama por uma revolução em sua política, que possa devolver ao clube ao menos um caminho para resgatar sua dignidade. Mas os episódios deste fim de semana são mais um capítulo vergonhoso de um gigante à deriva, combalido financeiramente, enfraquecido dentro de campo e desacreditado entre seus torcedores.
Em meio ao imbróglio sobre a validade do pleito, as luzes do ginásio onde acontecia a votação foram apagadas, deixando o local na escuridão. O retrato mais fiel hoje do Vasco da Gama.
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