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Melhorou mesmo? O que os números dizem da estreia do Vasco de Sá Pinto

Números apontam para clara evolução ofensiva e nítida melhora defensiva. Mas não o suficiente para superar um adversário que estava próximo na tabela do Brasileiro

Ricardo Sá Pinto - Vasco
imagem cameraRicardo Sá Pinto vive os primeiros dias à frente da equipe cruz-maltina (Rafael Ribeiro/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/10/2020
22:53
Atualizado em 24/10/2020
07:30

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Após a partida contra o Corinthians, o técnico do Vasco, Ricardo Sá Pinto disse que o resultado era injusto e que o Cruz-Maltino merecia mais pelo que fez em campo. Afirmou estar orgulhoso com o desempenho da equipe e, de fato, alguns jogadores se destacaram. Mas os números do duelo concordam com a satisfação do português? Sim, mas nem tanto.

Dados do site especializado Sofascore revelam tópicos importantes, a começar pelo desempenho individual dos jogadores vascaínos. Considerados fundamentos do jogo que, por vezes, são menos percebidos, os melhores do time na partida foram, entre os titulares, Talles Magno, Carlinhos (o melhor do time no jogo), Ribamar e também Miranda. Leonardo Gil entrou bem.

Foram mal avaliados Fernando Miguel, Leandro Castan (em que pese o cartão amarelo recebido) e os dois laterais: Cayo Tenório e Henrique. Não por coincidência, foram com eles na marcação que os gols do Timão surgiram. Lucas Santos, que entrou no segundo tempo, também recebeu nota ruim.

Porém, os números coletivos chamam mais atenção. A paciência com a bola demonstrada na quarta-feira foi elogiada por Sá Pinto e ele já a havia citado como uma deficiência geral brasileira, na apresentação, semana passada. O Cruz-Maltino teve mais porcentagem de posse de bola (63%) e número de passes tentados (547) do que nos cinco jogos anteriores.

O número de finalizações feitas (17) também foi superior ao das cinco partidas anteriores. Considere os destaque individuais e os números aqui citados e, ofensivamente, há concreta evolução.

E na marcação, houve alguma melhoria? As quatro avaliações ruins em jogadores do setor defensivo indicam que não, mas há o que se ponderar. O time roubou mais bolas do que em quatro dos cinco jogos anteriores, e até faltas cometeu mais do que em quatro dos cinco jogos mais recentemente disputados. Quando não travou, parece ter estado mais próximo de travar o adversário.

Mas vale ressaltar que não houve revolução, especialmente nos aspectos defensivos. Sá Pinto terá trabalho. Confira abaixo números da partida e os comparativos.

Números do Vasco contra o Corinthians

Posse de bola: 63% | mais do que contra Internacional, Flamengo, Bahia (quando teve também mais posse que o adversário), Atlético-MG e Red Bull Bragantino (quando teve também mais posse que o adversário).

Passes: 547, com 83% de acerto | mais do que contra Internacional, Flamengo, Bahia (quando a porcentagem de acerto também foi maior, 88%), Atlético-MG e Red Bull Bragantino (quando a porcentagem de acerto também foi maior, 90%)  

Finalizações: 17, sendo oito no gol | mais do que contra Internacional, Flamengo (quando chutou mais que o rival, inclusive no gol), Bahia, Atlético-MG e Red Bull Bragantino

Desarmes: 16 | quatro a mais do que contra o Internacional; um a mais do que contra o Flamengo; um a mais do que contra o Bahia; dois a mais do que contra o Atlético-MG; mesmo número que contra o Red Bull Bragantino.  

Faltas cometidas: 12 | uma a mais do que contra o Internacional; duas a mais do que contra o Flamengo; três a menos do que contra o Bahia; três a mais do que contra o Atlético-MG; três a mais do que contra o Red Bull Bragantino.

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