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Molde do empréstimo simboliza a passagem de Bruno César pelo Vasco

Meia vai para Portugal com somente parte dos salários pagos pelo Penafiel. No Cruz-Maltino, a contribuição em campo também foi pouco percebida

Bruno César
imagem cameraBruno César disputou 44 jogos pelo time de São Januário e marcou quatro gols (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 05/10/2020
22:22
Atualizado em 06/10/2020
07:30

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A saída de Bruno César, por empréstimo do Vasco ao Penafiel, de Portugal, foi oficializada na última segunda-feira, embora já estivesse encaminhada. Já os efeitos da negociação têm peso tão relativo quanto o período de presença do meia no Cruz-Maltino. Seja de forma positiva ou negativa.

Quando contratado, a expectativa da torcida era alta. Jogador já convocado para a Seleção Brasileira, vinculado a um grande clube de Portugal à época (Sporting). Chegou com salário dos mais altos do elenco: cerca de R$ 400 mil. Apesar da festa da torcida, o valor de um dos melhores jogadores do time raramente foi visto.

Há um ditado que diz "jogador caro é o jogador que não joga". De fato, Bruno não encaixou no time de Vanderlei Luxemburgo e, com Abel Braga no comando, esteve afastado, treinando separadamente. Nem ajudava em campo, nem era visto pelo mercado. Tampouco recebia muito do que lhe era devido.

Março chegou e, com ele, além da pandemia de Covid-19 iniciar os estragos no Brasil, jogador e clube chegaram em acordo. O montante em atraso foi negociado, diluído e o jogador foi reintegrado. Na semana passada, durante transmissão do canal no Youtube "Atenção, Vascaínos", o presidente do Vasco, Alexandre Campello, explicou:

- O Bruno César tinha um contrato que terminaria agora (dezembro de 2020). Negociamos a redução do que o Vasco deveria, pegamos esse valor e alongamos por um período maior. O Vasco não vai pagar mais, vai pagar menos. Foi uma solução para desonerar a folha. Isso diminuiu a folha, me permitiu trazer reforços. O Vasco não vai pagar mais por ele - explicou, observando a situação como positiva.

De fato, quando o atleta passa para o grupo principal, como um produto na prateleira de uma loja ele pode interessar a alguém. Internamente, a produtividade do jogador de 31 anos mudou pouco. Até porque a comparação passou a ser com Benítez, que tomou a titularidade com dinamismo incomparável ao de Bruno.

O rendimento do ex-jogador do Sporting era tão insatisfatório que, no último dia 27, ele não saiu nem do banco num jogo em que Benítez foi desfalque. O empate com o Red Bull Bragantino parece ter sido o ponto final.

Mas se ele não joga, com a saída dele alguém chegará para fazê-lo? Talvez, mas a proporção é diferente. Campello disse, na mesma entrevista citada acima, que havia espaço na folha salarial para mais dois ou três reforços. A esse valor se juntam R$ 90 mil, cerca de um terço dos vencimentos, que passam a ser pagos pelo Penafiel.

Pode ser decisivo ou não para a chegar de mais jogadores a São Januário. O futuro dirá.

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