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OPINIÃO: ‘Alexandre Campello e a crônica de um fiasco anunciado’

Dirigente pagou um preço alto na tentativa de ganhar "no grito" o espaço do Vasco no Maracanã. Custava pleitear os direitos do clube sem transferir a final para o Nilton Santos? <br>

Coletiva Presidente Alexandre Campello
imagem camera'Chegou o momento do Cruz-Maltino parar de se acomodar na trincheira' (Paulo Fernandes/Vasco.com.br)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 15/04/2019
16:42
Atualizado em 16/04/2019
09:05

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A opção de Alexandre Campello por deslocar o mando jogo de ida da final do Campeonato Carioca para o Nilton Santos voltou a expor que o populismo impera no Vasco. Após discursos pautados pelo ressentimento e pela vaidade de não se sentir "subordinado" à dupla Fla-Flu, o mandatário sujeitou o torcedor do Cruz-Maltino a uma decisão às moscas em um estádio com o qual sua torcida tem pouquíssima identificação.

O resultado foi simples: o dirigente perdeu a razão, a linha. Para completar, o Vasco perdeu o jogo de ida da final para o Flamengo, ficando em situação complicada na busca pelo título carioca. Campello pagou um preço alto na tentativa de ganhar "no grito" o espaço do clube no Maracanã. Em especial, porque o Cruz-Maltino, em dificuldades financeiras, jogou um Clássico dos Milhões para cerca de 9 mil pagantes no Nilton Santos.

O Vasco tem, sim, muito o que discutir sobre seus direitos de mandar jogos no Maracanã. Além de ser o primeiro campeão carioca do estádio, conquistou três de seus quatro títulos brasileiros naquele gramado. Nenhum governante ou rival pode minimizar a tradição do clube, ou fazer com que o Cruz-Maltino seja passado para trás ao mandar jogos lá. Contudo, custava a Campello pleitear estes direitos sem este alarde, ainda mais às vésperas de uma final?

A derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no último domingo, foi ainda mais simbólica. Em nenhum momento, a equipe de Alberto Valentim mostrou brios para criar jogadas e limitou-se a conter o ímpeto rubro-negro. Está bem claro que chegou o momento do Cruz-Maltino parar de se acomodar na trincheira (em todos os sentidos).

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