Perto de decisão com Vitória, Vasco sofre com desorganização e oscilação
Técnico Cristovão Borges tenta explicar motivos para variação de rendimento da equipe durante as partidas. Ele terá pouco tempo até quinta para corrigir os erros do time
O ano começou preocupante para o Vasco, que ainda não conseguiu deslanchar, não vem jogando bem e acumula tropeços. Com um pouco mais de dois meses de trabalho nesta temporada, o Cruz-Maltino ainda apresenta desorganização e oscilação durante as partidas, como no empate em 2 a 2 com o Macaé, pela Taça Rio, segundo turno do Carioca. Perto da partida decisiva contra o Vitória, nesta quinta-feira, pela Copa do Brasil, o técnico Cristovão Borges terá que trabalhar duro para acertar todos os detalhes.
Muito pressionado por conta dos maus resultados da equipe, Cristovão tenta explicar os motivos para a variação no desempenho do seu time. Segundo ele, o fato dos reforços terem chegado durante as competições prejudica e causa essa oscilação.
- Teoricamente é simples de falar. Os jogadores quase na totalidade que contratamos estão em estágios completamente diferentes. Com isso, consequentemente a atuação vai acontecer da mesma forma. A oscilação muito se deve a isso. Porque são jogadores que foram contratados para jogar, aí estamos reunindo eles pra formatar uma equipe nessas condições. O Luis Fabiano entrou contra o Macaé depois de estar muitos meses sem jogar. Isso também aconteceu com o Wagner e outros. Isso é muita coisa no futebol, numa intensidade que se joga hoje, como é competitivo - disse o técnico, destacando que não vale ficar explicando isso e sim buscar uma forma de conseguir os resultados positivos.
- Vou explicar, vai adiantar de quê? Temos que arrumar uma maneira de acontecer mais rápido para dar resultado. É resultado que está todo mundo esperando - completou.
Cristovão tem razão no que diz respeito aos reforços. Das oito contratações anunciadas pelo clube até agora, só o meia Escudero e o atacante Muriqui viajaram para a disputa da Florida Cup na pré-temporada. Todos os outros foram estreando no decorrer das competições, sendo os últimos os atacantes Manga Escobar, contra o Vitória, e Luis Fabiano, contra o Macaé.
Desorganização e oscilação
Contra o Macaé, no último domingo, o Vasco apresentou os mesmo problemas do que em outras partidas este ano. A equipe começou bem o jogo, tomando conta das ações e oferecendo pouco perigo. Tanto que abriu o placar com Nenê logo aos 13 minutos, e poderia ter aumentado com Luis Fabiano, que parou em grande defesa do goleiro.
No entanto, o Cruz-Maltino não conseguiu manter o padrão de atuação após a parada técnica do primeiro tempo. Com falhas defensivas, viu o Macaé virar a partida antes de descer para o intervalo. Uma delas foi a marcação frouxa, problema que já tinha acontecido no início da temporada.
O Vasco ficou observando o adversário tocar a bola ao redor da sua área sem nada fazer antes de levar o primeiro gol. Zotti teve a oportunidade de cruzar duas vezes para Hudson. Na primeira o atacante chegou atrasado, mas na segunda, livre de novo, ele cabeceou para o fundo do gol.
No segundo gol do Macaé ficou nítida a desorganização do Cruz-maltino. Após um passe errado no ataque, o time estava mal posicionado e desprotegido. Se não bastasse isso, ainda demorou a se recompor, principalmente o lateral-esquerdo Henrique. Deu tempo do volante Rafinha chegar na área e tocar no canto de Martin Silva para marcar.
Muito hostilizado pelos torcedores vascaínos contra o Macaé, assim como foi contra o Vitória, Cristovão Borges ignora toda essa pressão e foca na partida decisiva contra o time baiano. O técnico terá pouco tempo para acertar todos os detalhes do time e buscar a classificação na Copa do Brasil.
- Assim como foi de quinta para domingo, vou continuar trabalhando. Preparar a equipe para a partida decisiva. Agora estamos jogando só partidas decisivas. Na quinta-feira vamos jogar nossa classificação para passar de fase. Então, vou pensar na preparação para um jogo desse tipo - disse o treinador.