Pleno do STJD mantém pena do Vasco em seis jogos, mas com portões fechados
Julgamento foi na manhã desta quinta no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Três partidas já cumpridas. Multa do Cruz-Maltino seguiu em R$ 75 mil. Já do Fla foi reduzida
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O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou em pouco mais de 30 minutos na manhã desta quinta-feira os recursos da Procuradoria, Vasco e Flamengo em relação a decisão em primeira instância, no mês passado, pelas confusões que ocorreram em São Januário durante o Clássico dos Milhões. A penalidade de seis jogos de perda de mando de campo ao Cruz-Maltino foi mantida, mas com o agravamento de portões fechados. A multa dos vascaínos também seguiu em R$ 75 mil. Já a multa do Rubro-Negro foi reduzida, de R$ 5 mil para R$ 3 mil. A decisão é em caráter definitivo.
O Vasco já cumpriu três jogos da pena antes do julgamento do Pleno - e esses seguem contando do total de seis. Assim, faltam apenas três partidas de penalidade ao Cruz-Maltino. A partida de domingo pela primeira rodada do returno do Campeonato Brasileiro, diante do Palmeiras, por não ter tempo hábil será com portões abertos. Os ingressos já estão sendo vendidos para o duelo que acontecerá no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, cidade do Sul do Rio de Janeiro, e o Estatuto do Torcedor permitiria uma alteração se o julgamento tivesse acontecido até a última quarta-feira. Com isso, apenas dois jogos realmente serão com portões fechados no fim da pena do Vasco.
E esses dois jogos com portões fechados (contra Grêmio e Chapecoense) para terminar de cumprir a pena podem ser disputados em qualquer estádio existente, inclusive São Januário. Entretanto, para que cumpra em sua própria casa a pena, o Vasco terá que conseguir derrubar a decisão da Justiça, que acatou pedido do Ministério Público (MP) em interditar a Colina por 180 dias. Logo após o resultado do julgamento pelo Pleno do STJD, Rodrigo Terra, promotor responsável pelo caso, afirmou que ainda não foram cumpridas as exigências por parte do Cruz-Maltino e, assim, a interdição segue. O Vasco entrará com recurso no MP para que consiga realizar as partidas da pena em São Januário.
- Tentamos no julgamento desta quinta-feira no STJD minimizar a punição com outra alternativa de cumprimento. Essa partida de domingo, contra o Palmeiras, não tem alteração por causa do Estatuto do Torcedor. A decisão do Tribunal passa a surtir efeito depois do jogo contra o Palmeiras, e a determinação não é de realização a 100 quilômetros, é de cumprimento da pena com portões fechados. Se o Vasco conseguir a desinterdição pelo Ministério Público poderia jogar em São Januário, com portões fechados - comentou o advogado Paulo Rubens Máximo, responsável por representar o Vasco no julgamento, assim que a sessão do processo terminou.
Diferentemente de quando o processo foi julgado em primeira instância, Eurico Miranda, presidente do Vasco, não esteve presente na sessão desta quinta-feira do Pleno. O relator do caso, Otávio Noronha, votou originalmente em manter a pena do Vasco em seis jogos, acrescentando a penalidade de portões fechados, com a multa de R$ 75 mil, além do Flamengo com a multa de R$ 5 mil (a súmula do Clássico dos Milhões relatou que um torcedor rubro-negro jogou uma lata no gramado, sem acertar ninguém). Os auditores Paulo Salomão, Arlete Mesquita e Ivo Amaral acompanharam integralmente o voto do relator. Já os auditores João Bosco, José Perdiz, Mauro Marcelo e o presidente Ronaldo Botelho acompanharam o relator em relação ao Cruz-Maltino, mas diminuíram a multa do clube da Gávea para R$ 3 mil, o que prevaleceu no fim.
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