Posse de bola, lado esquerdo, mas instável na defesa: entenda momento da Ferroviária, adversária do Vasco
Com trabalho do ex-jogador Elano, Locomotiva quase conseguiu o acesso na Série D, mas tem feito uma campanha irregular no Paulista. Equipe só venceu uma em casa em 2022
Com a vaga garantida nas semifinais do Carioca, o Vasco terá que virar a chave e voltar as atenções para a estreia na Copa do Brasil. Em jogo único, os cariocas têm a vantagem do empate contra a Ferroviária, nesta quarta, às 21h30, na Fonte Luminosa. Com isso, o LANCE! conversou com Rafael Zocco, setorista da equipe paulista no Portal RCIA, de Araraquara, para compreender como a Locomotiva chega para esse duelo decisivo.
Sob o comando do ex-jogador Elano Blumer, os paulistas fizeram um grande campanha na última edição da Série D, porém deixaram o acesso escapar ao serem derrotados, nos pênaltis, para o Atlético-CE. Em 2022, a equipe sonha com uma vaga na próxima fase do Paulistão e espera melhorar o desempenho em seu estádio.
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De acordo com dados do portal "Footstats", a Ferroviária é a terceira equipe com mais passes certos do Estadual com 3235, atrás apenas de Corinthians e São Paulo. Esse fundamento evidencia o estilo de jogo do time, que prefere manter a posse de bola com viradas de jogo (30 certas, no total) e a construção de preferência pelo lado esquerdo.
- A Ferroviária costuma manter o controle da bola para construir as jogadas no campo ofensivo. A equipe tem utilizado muito o lado esquerdo, com as investidas do lateral João Lucas com o atacante Carlos Orejuela, além do apoio do meia Gegê, que tem feito o papel de camisa 10. O destaque tem sido o goleiro Saulo, com boas atuações e vem mantendo a regularidade desde o ano passado. Outro destaque o atacante Bruno Mezenga, autor de dois gols na temporada sendo o artilheiro da equipe no paulistão - disse Rafael Zocco, e emendou:
- Como citados, Saulo e Bruno Mezenga (destaques) O goleiro iniciou o seu terceiro ano com a disputa do estadual com a camisa grená, mas tem contrato até o fim da competição. Ainda não sabe se fica para a continuidade na Série D. Mezenga, por ter brilhado na temporada passada e ter sido o artilheiro do Paulistão, é outro jogador que é bastante querido pela torcida, mas ainda não está sendo o atacante implacável que foi no ano passado - acrescentou.
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Por outro lado, a Ferroviária venceu apenas um jogo em seu estádio no ano - diante do Água Santa. Além disso, o time tem dificuldade na criação e não é um dos que mais finaliza no Estadual - 41 certos, no total. Nos últimos jogos, o sistema defensivo tem falhado com erros na saída de bola e dificuldades nas jogadas aéreas - tomaram 12 gols no campeonato, até o momento.
- Neste ano, a Ferroviária ainda não fez valer o fator casa. Nos quatro jogos disputados aqui, foram apenas uma vitória (Água Santa), um empate (Red Bull Bragantino) e duas derrotas (Ponte Preta e Palmeiras), mas é claro que a equipe sabe os "atalhos" do campo. É onde a equipe costuma treinar e isso pode fazer a diferença - explicou, e citou as dificuldades do time:
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- Ao mesmo tempo que a equipe costuma ter o controle da bola, ela não consegue criar, tanto que é um dos times que menos finalizaram a gol no Paulistão, mas tem um ataque regular com nove gols nos nove jogos disputados. As falhas defensivas tem chamado bastante atenção. Um erro de passe na construção da jogada tem virado rotina e uma descida ao ataque tem deixado a Ferroviária bastante exposta, assim como as jogadas aéreas tem sido um ponto negativo defensivamente - completou.
Com média de um gol por jogo (nove em nove partidas disputadas), os paulistas somam 10 pontos, no Grupo B, e ainda sonham com uma vaga nas quartas do Estadual, porém com a oscilação, a parte de baixo da tabela tem se aproximado. Elano tem feito um bom trabalho e alcançou alguns recordes na campanha da Série D, mas ainda não conseguiu fazer o time engrenar em 2022.
- Elano foi um treinador que ajudou a Ferroviária a quebrar marcas internas. O time alcançou a sua maior invencibilidade da história com 23 jogos sem derrotas (13 vitórias e 10 empates - construído na Série D no ano passado e caiu na derrota para a Ponte Preta), além do recorde da equipe ter ficado 12 jogos sem sofrer gols, fato inédito para o clube - salientou, e pontuou:
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- Neste ano, com a permanência de nove jogadores que disputaram a última Série D, e outros reforços pontuais, Elano ainda não conseguiu fazer o time engrenar no Paulistão e tem oscilado bastante. Tanto que diminuíram as chances de classificação à próxima fase no estadual e as atenções voltam para a permanência da equipe na primeira divisão - finalizou.