Vasco tem sete ações de sócios que podem gerar reviravoltas até o dia decisivo da venda da SAF para a 777
Andamentos processuais prometem movimentar os dias até a decisiva Assembleia Geral Extraordinária que vai definir os trilhos do futebol do Cruz-Maltino<br>
Sete é o número chave. Faz parte do nome da 777 Partners, que tem a intenção de comprar 70% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco por R$ 700 milhões. Além disso, representa a quantidade de processos ajuizados por sócios do clube, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Confira o levantamento feito pelo LANCE!.
1 - Exibição de documentos
Alguns sócios do Vasco acionaram a Justiça para obterem informações sobre a operação, que até o momento, era embrionária.
Dentre os requerimentos, os vascaínos solicitaram todos os documentos pertinentes ao caso. Foi aqui onde tudo começou.
O juiz da 21ª Vara Cível negou o pedido liminar. O grupo recorreu e foi derrotado também em segunda instância. Em maio, o magistrado considerou a improcedência do pedido. Também argumentou que os autores "pretendem a inversão da ordem natural do processo relativo à venda da SAF do clube".
2 - Recurso interposto por sócios
Com a negativa em 1ª instância, o grupo de cruz-maltinos interpôs o recurso de apelação, que ainda será distribuído. Anteriormente, os autores da ação não conseguiram uma liminar e recorreram da decisão do magistrado.
Porém, o desembargador da Segunda Câmara Cível considerou improcedente e ponderou que a AGE de 24 de março trataria apenas da alteração do estatuto. Com isso, o recurso foi extinto e está arquivado.
3 - Requerimento para suspender efeitos da sentença
Ao mesmo tempo da apelação foi feito um requerimento para suspender os efeitos da sentença. Desta vez, os vascaínos conseguiram a determinação para que o clube exibisse os contratos celebrados com a 777 Partners.
O Vasco recorreu e conseguiu a revogação. Cabe destacar que o magistrado reconheceu a necessidade do sigilo dos documentos.
4 - Plantão Noturno
O mesmo grupo de sócios que segue com os processos citados acima acionou o plantão do Judiciário no último dia 27. Ou seja, na mesma noite em que o Conselho Deliberativo que recomendou a venda da SAF para a 777. Naquele momento, obtiveram uma decisão para suspender os efeitos daquela votação realizada na Sede Náutica da Lagoa.
Segundo informações obtidas pela reportagem do LANCE!, o Cruz-Maltino contestou e pediu a anulação da revogação da liminar concedida pela juíza. O clube se baseou na decisão proferida pelo desembargador, que reconheceu a necessidade do sigilo. Por outro lado, os autores do processo pedem a anulação da AGE marcada para este domingo.
5 - Alerj entra em cena
A Comissão de Defesa do Consumidor (Codecon) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), ajuizou uma ação para que fosse determinado que o Vasco exibisse documentos trocados com a 777 Partners a sócios votantes na AGE deste domingo. E mais uma liminar foi dada com tal determinação.
6 - Mais um capítulo entre Vasco SAF x Alerj
Posteriormente, o clube pediu a reconsideração e a desembargadora do caso foi favorável ao Gigante, suspendendo a decisão. Por fim, a Comissão da Alerj interpôs um recurso que foi para a apreciação da magistrada.
7 - Polêmica com os sócios mortos
A lista de sócios aptos a votar da última AGE contou com dois mortos. Porém, dessa vez um grupo diferente de vascaínos entrou com uma ação no TJ-RJ. A juíza da causa já negou duas vezes a concessão da liminar.
Os cruz-maltinos querem uma clonagem do HD e/ou banco de dados dos computadores do Vasco e/ou prestadores de serviços, nos quais estão contidos os dados cadastrais dos sócios. Também entendem precisar de cópia e/ou busca e apreensão de todas as fichas de inscrição e financeira dos sócios que não estão lançadas no sistema de informática do clube. Isso para que uma nova lista seja elaborada por perícia técnica.