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Vasco tenta conter crise e blindar Abel por melhor momento no futebol

Campello teve duas reuniões com o elenco nesta semana e, nesta sexta, pediu que os atletas voltassem a dar entrevistas para ajudar a imagem do treinador

Abel em conversa com jogadores do Vasco
imagem cameraVasco tenta blindar ambiente para ter mais tranquilidade em campo (Foto: Felippe Rocha / LANCEPRESS!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/03/2020
18:07
Atualizado em 14/03/2020
05:00

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O Vasco vive um dos momentos mais conturbados dos últimos anos. Com salários atrasados, protestos de jogadores, pressão para cima de Abel Braga e instabilidade política, o clube se vê na necessidade de encontrar maneiras de amenizar o clima. Na segunda reunião do presidente Alexandre Campello com o elenco nesta semana, o mandatário pediu que o grupo voltasse a conceder entrevistas para a imprensa. Um dos motivos apresentados foi que isso poderia ajudar a proteger Abel.

Os jogadores estão em silêncio há cerca de três semanas por conta dos atrasos salariais. Apesar de o elenco ter recebido uma parte do salário na última quarta-feira, os atletas aguardam os funcionários serem pagos também para retornar à rotina de entrevistas. Por isso, o pedido de Campello foi negado em um primeiro momento.

A ideia de ajudar a dar mais segurança a Abel passa pela pressão cada vez maior em cima do trabalho dele. Após a derrota por 1 a 0 para o Goiás, o treinador cogitou pedir demissão do comando do Vasco, mas deixou a decisão para o dia seguinte por um entendimento geral, com comissão, diretoria e jogadores, de não agir de cabeça quente. Nesta sexta, o veterano conversou com Campello e ficou entendido que o trabalho teria prosseguimento. Entretanto, o cenário é instável e pode mudar a qualquer momento.

A reunião desta sexta também teve como objetivo uma certa cobrança da diretoria com o elenco. Como o próprio diretor executivo de futebol, André Mazzuco, deixou claro, não é só fora das quatro linhas que estão os problemas. Dentro delas, o time ainda não conseguiu render o que era esperado. Abel admitiu que não houve evolução desde o início do trabalho em janeiro. Pela frente, o Cruz-Maltino terá um clássico contra o Fluminense e o jogo de volta com o Goiás.

- A conversa sempre se baseia em princípios dentro e fora de campo. Futebol não é só os 90 minutos, tem um ambiente de trabalho, atletas que às vezes estão passando por um momento pessoal e precisamos estar alertas. A conversa é baseada no que podemos melhorar e no que enxergamos de dificuldade. Há uma cobrança mútua, perdemos um jogo importante em casa, teremos que buscar a recuperação porque é uma competição que nos interessa muito. Competitivamente e financeiramente. O clube busca recursos para equalizar. Temos reuniões semanais para tentar resolver - disse Mazzuco.

Na terça-feira, Alexandre Campello também conversou com as lideranças do elenco para tentar amenizar a situação e dar um panorama dos pagamentos. Atualmente, o Vasco tem uma dívida com os jogadores referente a janeiro e a segunda parcela do 13º. Apesar de já ter passado o quinto dia útil de março, fevereiro, por acordo interno, vence apenas no próximo dia 20. Os direitos de imagem não estão sendo pagos desde setembro de 2019, mas apenas uma parte do grupo recebe esse valor. Com os funcionários, para quem recebe acima de R$ 1.800, falta receber dezembro, férias, 13º e janeiro. Para os que ganham abaixo desse valor, férias, 13º e janeiro.

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