Torcedor do Vasco tem coleção de mais de 1000 camisas de futebol
Professor já completou coleções da UEFA e CONMEBOL
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Como professor de Física, o carioca Rafael Clarim, de 35 anos, segue e ensina algumas leis. Entre elas, a de Newton. Mas, quando o assunto é paixão pelo futebol, este carioca tem um hábito dos mais inusitados: uma coleção de mais de 1000 camisas de times e seleções de, praticamente, todos os cantos do mundo.
Foi em 2005, quando conquistou o primeiro emprego, como estagiário de manutenção eletrônica industrial no parque gráfico da Infoglobo, que Rafael deu início à saga pelas camisas. O pontapé inicial foi com a camisa da seleção da Romênia, devido à sua admiração pelo meia George Hagi, destaque do país na Copa de 1994.
- Já completei as seleções da UEFA e CONMEBOL. Apesar de ser da América do Sul, a seleção da Guiana Francesa não faz parte da CONMEBOL (ela faz parte da CONCACAF) e estou em busca dessa camisa. Outras seleções que ainda não possuo e estou correndo atrás para conseguir são as de alguns países menores da Ásia, África e América Central, como por exemplo, Camboja, Antígua e Barbuda, Sri Lanka, Eritreia, Montserrat, entre outros - explica o professor, que é torcedor do Vasco. Apenas do clube do coração, são cerca de 60 camisas.
Se algumas camisas são facilmente encontradas, outras nem tanto. Exemplo?
- Falando de seleções, certamente as duas mais difíceis foram as da Macedônia do Norte e da Moldávia, que eram as duas que faltavam para completar as seleções da UEFA. A da Macedônica do Norte só consegui diretamente no site da federação, entrando em contato com eles, e ainda dei o azar de quando chegou no Brasil, a camisa foi taxada com um valor altíssimo. Mas, devido à raridade, fiz o investimento e estou com a camisa hoje.
Outro país da Europa também deu trabalho para Rafael encontrar a camisa. E contou com um pouco de sorte:
- A da seleção da Moldávia é muito difícil de conseguir em sites convencionais de compra de camisas e, quando consegue, o preço é altíssimo. Porém, dei sorte que a minha tia, que reside na Áustria, trabalha em um restaurante austríaco e um dos atletas da seleção Moldávia frequenta o restaurante dela e me presenteou com uma camisa oficial da seleção.
Feliz no CEL
Entre uma nova aquisição e outra, tudo devidamente guardado em um armário e sob sua cama de casal, Rafael ensina Física em algumas instituições no Rio de Janeiro. Uma delas é o CEL Intercultural School, onde começou há pouco mais de um ano.
- Está sendo incrível. Estou adorando fazer parte dessa equipe maravilhosa. Acredito que o fato deles aliarem os conhecimentos acadêmicos com a educação do caráter é um diferencial da instituição. Espero poder fazer parte da instituição por muitos anos - conta.
Se como professor a vida está tranquila, a de colecionador, em alguns momentos, se depara com obstáculos. Diversas vezes, Rafael, que calcula ter gasto em torno de R$ 100 mil até hoje com sua paixão pelas camisas, precisa ir aos estádios e conversar com jogadores e/ou dirigentes para aumentar a coleção.
- Eu tenho um pensamento que se eu visitar uma cidade e não conseguir ir no estádio e não conseguir uma camisa do clube local, considero que não conheci essa cidade e preciso voltar lá novamente para cumprir essa missão.
Certa vez, Rafael foi ao estádio do São Pedro AC, em São Pedro da Aldeia, na Reigão dos Lagos (no estado do Rio), e encontrou, literalmente, um adversário:
- Quando tentei acessar o estádio para conhecer e comprar a camisa do clube, um cachorro começou a avançar e correr atrás de mim e não consegui fazer a visitação adequadamente e nem pegar a camisa. Ainda bem que posteriormente, em outro momento, consegui a camisa do clube.
E, entre tantas camisas, qual a mais bonita, na opinião do colecionador?
- Acredito que seja a da seleção de Serra Leoa. Em geral, as camisas das seleções africanas são sempre lindas.
Mas a extensa lista de Rafael não se limita a seleções, obviamente. Tanto que até os times de menor expressão estão em seu radar:
- Tenho a meta de conseguir completar as camisas dos clubes da 5 divisão do campeonato carioca (chamada de série C) mas, provavelmente, poderei esbarrar nessa dificuldade de algum clube não ter material para comercialização.
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