Valentim e Campello são punidos pelo STJD; Maxi López é absolvido

Julgamento aconteceu nesta sexta após relatos na súmula do árbitro Wilton Pereira Sampaio. Cabe recurso ao Pleno aos penalizados, além da Procuradoria pelos absolvidos

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O Campeonato Brasileiro já acabou, mas segue rendendo em São Januário. A Quarta Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Vasco, o técnico Alberto Valentim e o presidente Alexandre Campello por infrações na partida contra o Corinthians, disputada mês passado, em julgamento realizado nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. Os auditores multaram em R$ 1 mil o Vasco por atraso, aplicaram uma partida ao treinador e 15 dias de suspensão ao mandatário - ambos por desrespeito contra a arbitragem. No mesmo processo, Vasco e Corinthians foram absolvidos por desordem e o atacante Maxi López também absolvido por reclamação desrespeitosa. A decisão cabe recurso, tanto dos penalizados, quanto da Procuradoria, para o Pleno do STJD.

As infrações foram denunciadas após a partida entre as equipes realizada no dia 17 de novembro. Na súmula o árbitro Wilton Pereira Sampaio informou o atraso de um minuto na entrada do Vasco, além de relatar o arremesso de cadeiras por torcedores que estavam no setor visitante em direção a torcida do Corinthians. Já Alberto Valentim foi denunciado por reclamação desrespeitosa e invasão de campo, enquanto Alexandre Campello e Maxi López por reclamação desrespeitosa contra a arbitragem. Durante o julgamento, o Corinthians apresentou prova documental com boletim de ocorrência com a identificação de 14 pessoas responsáveis pela quebra de cadeiras e arremessos. Na identificação, duas seriam ligadas a torcida Mancha Verde, do Palmeiras, e outras duas torcedoras do Vasco.

Subprocurador-geral do STJD, Gustavo Silveira ressaltou durante o julgamento que não há a comprovação de que todos foram devidamente identificados e punidos, além de destacar que o Corinthians não tomou as cautelas necessárias como clube mandante. O representante da Procuradoria pediu ainda a condenação dos demais envolvidos pelas reclamações desrespeitosas. Por sua vez, Paulo Rubens Máximo, advogado do Vasco, afirmou que a súmula diz que foram arremessadas cadeiras, mas não cita número de torcedores. No entendimento da defesa houve a identificação e está dentro do que diz a excludente do artigo.

Com relação a Alberto Valentim, o advogado do Vasco explicou que o treinador não se dirigiu a arbitragem e que o mesmo estava indignado com sua equipe. Após o fim da partida o treinador retornou ao campo e foi se explicar sem qualquer desrespeito ou invasão. Por fim, ao presidente Alexandre Campello, o advogado pediu advertência pela reclamação e pediu a absolvição na segunda conduta. Na acusação a Maxi López, também pediu pela absolvição, por não ser possível identificar na súmula a conduta de cada um. Pelas cadeiras quebradas no setor visitante, o Corinthians comunicou o custo ao Vasco: aproximadamente R$ 38 mil.

Relator do processo, o auditor José Maria Philomeno, votou para aplicar uma partida de suspensão ao técnico Alberto Valentim no artigo 258; aplicar 15 dias de suspensão ao presidente Alexandre Campello por reclamação desrespeitosa e absolver da segunda por ausência de prova na identificação; absolver o atleta Maxi López; multar em R$ 1 mil o Vasco no artigo 206; absolver Vasco e Corinthians no artigo 213. O auditor Adilson Alexandre Simas divergiu do relator apenas quanto a dosimetria da pena ao técnico Alberto Valentim. Pelo desrespeito aplica uma partida e pela invasão de campo para tirar satisfação após o apito final mais uma partida, totalizando dois jogos de suspensão ao treinador. Já o auditor Gustavo Teixeira e o presidente em exercício, Auditor Luiz Felipe Procópio, acompanharam o relator na íntegra.

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