Vasco demonstra aplicação tática contra o Flamengo, mas precisa evoluir coletivamente para a Série B
Diferente das últimas partidas, a equipe teve uma postura defensiva, mas foi competitiva contra o rival. No entanto, é nítida a necessidade de reforços para fortalecer o elenco
Mesmo com a classificação garantida, o Vasco precisava dar uma resposta à torcida depois das últimas atuações. A queda brusca de rendimento era notória e faltou competitividade contra Fluminense e Ferroviária. O torcedor sabe que existe uma diferença de investimento para o Flamengo no momento, porém é preciso ter entrega em campo e com uma estratégia bem montada pode-se obter um resultado positivo mesmo neste contexto.
O Flamengo entrou em campo com o que tinha de melhor em seu elenco, mas Zé Ricardo preferiu dar rodagem e fazer alguns testes visando a sequência da temporada. Na escalação, Riquelme iniciou como ponta na esquerda, atuando mais à frente, Getúlio foi o centroavante, e Léo Matos desbancou Weverton e foi o titular pela direita.
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Nos primeiros trinta minutos, o Vasco foi pressionado e teve muita dificuldade para trocar passes e dar sequência às jogadas. Com a marcação adiantada do rival, a defesa não poderia cometer qualquer deslize, o que aconteceu aos 10. Riquelme perdeu a bola e Anderson Conceição acabou cedendo um escanteio desnecessário. Na cobrança, Edimar caiu na dividida com Arão, que cruzou e achou Filipe Luís na pequena área.
O gol aconteceu a partir da desatenção do sistema defensivo, que deixou o lateral rubro-negro se antecipar na pequena área. Mesmo com mais volume, o adversário não construiu tantas jogadas de perigo, porém dificultou a saída de bola vascaína. A construção na frente passava pelos pés de Nene, o mais lúcido do time. O camisa 10 cruzou na área e Zé Gabriel obrigou Hugo a fazer boa defesa.
Na segunda etapa, o Vasco conseguiu equilibrar um pouco as ações e com aplicação tática deu mais proteção à defesa. Andreas segurou demais a bola e coube a Juninho fazer o desarme. Gabriel Pec recebeu e com uma bela arrancada, colocou na frente e marcou um golaço de pé direito.
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Com a igualdade no placar, Zé Ricardo colocou o artilheiro Raniel em campo no lugar de Getúlio, que não foi bem. Em sequência também buscou dar velocidade aos contra-ataques com Jhon Sánchez pela direita, Figueiredo pela esquerda, além de Andrey Santos e Luiz Henrique para compor o meio de campo.
Diferente do último final de semana, o time se mostrou competitivo, pouco deixou o rival finalizar. Thiago Rodrigues não teve trabalho como nas últimas partidas, mas faltou ao time encaixar os contra-ataques e ser vertical para explorar os espaços. O ataque precisa ser reforçado para ter condições de ter uma variação tática maior.
No fim, três lances polêmicos que geraram muita discussão por parte dos jogadores do Vasco (impedimento de Nene, possível falta em Andrey Santos e um possível toque de mão de João Gomes). O clube irá conversar com a Comissão de Arbitragem nesta segunda e ouvir e ver os materiais do VAR. Paralelo a eles, Arrascaeta teve espaço para arriscar de longe e conseguiu marcar.
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O que se tira de lição desta partida é que o empenho e aplicação tática foram evidentes. Contudo, o time precisa de reforços e evoluir para estrear mais forte na Série B. Zé Ricardo sempre deixou claro que o Vasco terá mais de uma forma de jogar, mas é nítido que ele precisa de material humano - com a possível aprovação da SAF o terá. Na quarta, uma nova decisão, desta vez contra a Juazeirense, na Bahia, pela Copa do Brasil, e só a vitória interessa.