Vasco SAF e clube: entenda como é a relação entre os dirigentes
Jorge Salgado e Luiz Mello são distantes no dia a dia, o que aumenta ainda mais a tensão sobre o futebol
A cada dia que passa a situação dos dirigentes da SAF do Vasco fica ainda mais conturbada. O Lance! trouxe em primeira mão na última quinta-feira, o descontentamento dos funcionários, jogadores e comissão técnica com o CEO Luiz Mello e o diretor de futebol Paulo Bracks, que autorizaram a cobrança dos torcedores no CT Moacyr Barbosa. No entanto, a insatisfação com os executivos também está presente dentro da instituição, que detém 30% das ações do futebol.
Na última quarta-feira, conselheiros protocolaram um pedido na secretaria do clube para que o Conselho Deliberativo seja convocado para esclarecimentos sobre a SAF e o momento do futebol. Luiz Mello e Paulo Bracks foram citados para darem explicações, evidenciando um distanciamento dos dirigentes com a instituição. Em entrevista ao Lance!, o presidente Jorge Salgado reclamou da falta de comunicação e integração entre as diretorias, tanto que solicitou uma reunião de emergência com o Conselho de Administração da SAF para tentar melhorar o relacionamento, que não é bom desde o passado.
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ROTA DE COLISÃO
Antes de ser o CEO da SAF, Luiz Mello era diretor do clube e esteve presente nas negociações para a venda de 70% do futebol para a 777 Partners. O anúncio de que o executivo faria parte da empresa pegou todos os dirigentes da instituição de surpresa, causando grande descontentamento, já que a relação de Luiz Mello com os vice-presidentes não era das melhores.
A rejeição do passado se manteve no presente e culminou com o afastamento entre SAF e instituição. Ambas se colocaram juntas apenas em assuntos específicos como a licitação do Maracanã e o imbróglio envolvendo os terrenos dos CTs Moacyr Barbosa e da Base, que estão no nome do clube, causando insegurança jurídica na 777 Partners para realizar grandes investimentos.
Muitos dirigentes da instituição defendem a substituição de Luiz Mello no cargo de CEO. Além de não ter clima, alguns desconfiam da capacidade de gestão do executivo, que é o diretor presidente da SAF. A insatisfação ganha coro com os torcedores, que pede a saída do CEO nos constantes protestos realizados desde o mês passado.