Em meio aos investimentos da 777 Partners e ao primeiro ano de SAF, o Vasco convive com a irregularidade em campo, que tem refletido no declínio do time na tabela do Brasileirão. Depois de iniciar com vitória sobre o Atlético-MG, os comandados de Maurício Barbieri acumulam cinco tropeços consecutivos e se aproximam da zona de rebaixamento. Com isso, o LANCE! relembra como o clube estava nas últimas dez campanhas na Série A, após as seis primeiras rodadas.
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O Cruz-Maltino ficou duas temporadas seguidas na segunda divisão e, agora, busca reencontrar o caminho das conquistas. No entanto, a equipe soma seis pontos e ocupa, atualmente, a 16ª colocação, apenas uma acima do Z4. Esse é o quarto pior início na competição, nas últimas dez participações, ficando à frente apenas de 2010, 2015 e 2019, quando somou três pontos nos seis primeiros jogos.
O INÍCIO DAS QUEDAS
No ano do primeiro rebaixamento de sua história (2008), o Vasco somou oito pontos nos seis primeiros jogos e ocupava a 9ª colocação. Na época, a equipe, que era comandada por Antônio Lopes, estreou com derrota para o Internacional por 1 a 0, no Beira-Rio. Na sequência, teve vitórias contra Portuguesa e Grêmio, mas encerrou a temporada no Z4 (40 pontos), com o técnico Renato Gaúcho.
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Cinco anos depois, quando conviveu novamente com a queda, o Gigante da Colina se encontrava na 14ª colocação, com apenas sete pontos. A estreia foi com triunfo, por 1 a 0, sobre a Portuguesa, com gol do equatoriano Carlos Tenório. Mas voltou a oscilar e, diante da crise financeira e falta de investimentos, fez a torcida voltar a sofrer e foi rebaixado (44 pontos). O fim da campanha foi sob o comando de Adilson Batista, que não conseguiu evitar o pior.
Em 2015, o início da campanha já dava sinais do que estava por vir. Sob o comando de Doriva, a equipe estreou com um melancólico 0 a 0 com o Goiás, em São Januário, Após seis rodadas, somava apenas três pontos, na penúltima colocação, com nenhuma vitória até então, O destino foi selado meses depois com um empate sem gols contra o Coritiba, no Couto Pereira, sob o comando do tetracampeão Jorginho (41 pontos).
A campanha que mais destoou foi a de 2020, quando o Vasco chegou a liderar o Brasileirão com 100% de aproveitamento nas três primeiras rodadas. As três partidas seguintes trouxeram à tona a dura realidade, com duas derrotas e um empate, mas o time seguia no G4 ao ser comandado por um ídolo, Ramon Menezes - que hoje dirige a seleção sub-20. O fatídico rebaixamento aconteceu com Vanderlei Luxemburgo como treinador e uma vitória por 3 a 2 sobre o Goiás, que nada adiantou (41 pontos).
MOMENTOS CONSISTENTES E TÍTULO DE COPA DO BRASIL
Em sua rica e centenária história, o Cruz-Maltino conviveu com momentos conturbados nos últimos anos. Mas mesmo com todas as adversidades, dois anos foram marcantes e trouxeram não só o título inédito da Copa do Brasil, como uma campanha consistente na Libertadores: 2011 e 2012. A taça continental não veio com a eliminação para o Corinthians, que seria o campeão meses depois, mas o time também se sobressaiu no Brasileirão.
Em 2011, a briga pelo título nacional foi intensa com a equipe paulista, que tinha à beira do campo um grande conhecido do futebol brasileiro: Tite. Desde o início, os comandados de Ricardo Gomes demonstravam força para brigar e somaram 11 pontos, em seis rodadas, na quinta colocação. A equipe de São Januário encerrou a campanha na segunda posição, com 69 pontos, apenas dois atrás do Corinthians.
Na temporada seguinte, o Vasco voltou a iniciar a campanha com bons números e ingressou no G4. Com Cristóvão Borges como técnico, o time trouxe garra com a Cruz de Malta no peito e somou 13 pontos em seis jogos. Na época, ocupava a terceira colocação, atrás apenas dos rivais Cruzeiro e Atlético-MG. Mas ao longo dos meses de competição, derrapou ao terminar em quinto (58 pontos) e ficar de fora da Libertadores de 2013.
Além desses dois anos, a equipe carioca carimbou a vaga na Libertadores em 2018 depois de terminar em sétimo, com 51 pontos, no ano anterior, com o técnico Zé Ricardo. Nas seis primeiras rodadas, o time se encontrava na 11ª posição, com 9 pontos A estreia, porém, foi para esquecer ao sofrer uma goleada por 4 a 0 para o Palmeiras, fora de casa.
OUTRAS CAMPANHAS
Das dez últimas campanhas do Gigante da Colina no Brasileirão, o pior início foi em 2019, assim como em 2015. Na ocasião, o time da cruz de malta era o lanterna com apenas três pontos em seis partidas, com nenhuma vitória e a pior defesa (12 gols sofridos). Apesar disso, o time carioca reagiu e beliscou uma vaga na Copa Sul-Americana (12ª lugar, com 49 pontos).
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No ano anterior, a equipe iniciou com nove pontos, na nona colocação, mas sofreu até o fim com o fantasma do rebaixamento. Mesmo assim, conseguiu se salvar e ficou um ponto à frente do Sport (43 a 42). Por fim, em 2010, o Vasco tinha acabado de voltar à elite, mas somava cinco pontos e encontrava-se na penúltima posição. No fim da campanha, uma vaga na Sul-Americana, com o 11º lugar, com 49 pontos.
VEJA O INÍCIO DAS ÚLTIMAS DEZ CAMPANHAS DO VASCO EM BRASILEIROS (NAS SEIS PRIMEIRAS RODADAS)
2008 - 8 pontos - 2 vitórias, 2 empates, 2 derrotas - (9º lugar)
2010 - 5 pontos - 1 vitória, 2 empates e 3 derrotas - (19º lugar)
2011 - 11 pontos - 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota - (5º lugar)
2012 - 13 pontos - 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota - (3º lugar)
2013 - 7 pontos - 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas - (14º lugar)
2015 - 3 pontos - 0 vitória, 3 empates e 3 derrotas - (19º lugar)
2017 - 9 pontos - 3 vitórias, 0 empate e 3 derrotas - (11º lugar)
2018 - 9 pontos - 2 vitórias, 3 empates e 1 derrota - (9º lugar)
2019 - 3 pontos - 0 vitória, 3 empates e 3 derrotas - (19º lugar)
2020 - 11 pontos - 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota - (3º lugar)
2023 - 6 pontos - 1 vitória, 3 empates e 2 derrotas - (16º lugar)