VP jurídico conta como gestão de Pedrinho encontrou a Vasco SAF
Cruz-Maltino segue na busca por um novo investidor desde a saída da 777 Partners
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A 777 Partners não controla mais a SAF do Vasco desde maio. Com isso, o clube associativo assumiu a gestão do futebol. Em entrevista à VascoTV, o vice-presidente jurídico da associação, Felipe Carregal, contou o cenário que foi encontrado.
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- Lembro que no começo do ano, quando a gestão da 777 publicou o balanço da SAF, era horroroso. Na época um jornalista me questionou sobre este balanço e eu falei que era uma bomba relógio que ia explodir e que estavam enxugando gelo. Fomos criticados por isso, que estávamos (gestão Pedrinho) atrapalhando e causando confusão. Quando assumimos o controle da SAF, a situação era muito grave, temerária. Porque a Vasco SAF nasce devendo R$ 700 milhões. Se você é o gestor de uma empresa que deve R$ 700 milhões, o que precisa fazer? Pagar de alguma forma. O nome disso é gestão ativa da dívida. Isso não estava sendo feito. O Vasco estava devendo R$ 700 milhões e não tinha uma gestão ativa. Tinha uma grande oportunidade. Dinheiro novo na mesa. A 777 podia ter feito essa mediação com dinheiro novo e resolveria o problema do Vasco. Não fez porque não quis. Não houve interesse deles. Nem da 777, nem dos gestores antigos da Vasco SAF. Não tinham interesse em resolver o problema do Vasco - declarou o VP jurídico do Vasco. E completou:
- Você vê o que o City fez no Bahia. Rapidamente, com uma gestão ativa, pagaram a dívida do clube. A dívida é o pior problema dos clubes de futebol. Todos sabem. Por que não foi feito? A situação é gravíssima. Para piorar, além de não terem pago a dívida, conseguiram gerar mais dívida. É impagável e surreal. Perderam a grande oportunidade de resolver de forma definitiva o problema do Vasco. Não fizeram porque não tinham nenhum interesse.
O Vasco conseguiu, por meio da Justiça do Rio, uma decisão que suspendeu todas as execuções e cumprimentos de sentença contra o clube nesta terça-feira (29). A medida é para respaldar o Cruz-Maltino de possíveis punições durante o período.
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Nos últimos dias, o Vasco publicou uma carta aberta assinada por Pedrinho para informar a abertura de um processo formal de mediação com os credores, junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), para equacionar as dívidas.
Em termos práticos, com a mediação, o Vasco vai chamar os credores para renegociar as dívidas. No balanço, o Cruz-Maltino mostrou grande preocupação com os juros.
O contrato com a 777 Partners mostra que a dívida bruta do Cruz-Maltino em 30 de abril de 2022 era de R$ 738.142.485,00. Porém, a líquida estava em R$ 648.490.608,00. A maior fatia da dívida é do RCE. Neste sistema, os credores, cíveis e trabalhistas, fazem uma fila para receber de acordo com a ordem de prioridade. Assim, o Vasco fica livre de penhoras ou bloqueio de bens.
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