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Xodó de Abel Braga, Juninho busca sequência com Ramon Menezes no Vasco: ‘continuidade’

Volante fala ao LANCE! sobre o início surpreendente, o período sem jogos, sobre o futuro, a comemoração em homenagem ao irmão e o lado familiar em meio à crise mundial

Juninho, do sub-17 do Vasco. Confira a seguir outras imagens na galeria especial do LANCE!
imagem cameraAs comemorações de Juninho tiveram destaque nas categorias de base (Foto: Foto: Carlos Santana / Site Vasco)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/05/2020
20:18
Atualizado em 11/05/2020
07:45

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Num dia sub-20, no outro grandes oportunidades na equipe profissional. Muitos jovens chegam na equipe principal das equipes de forma surpreendente até para eles. E assim foi para Juninho. O volante de 19 anos, conhecido desde a base pelas comemorações de gols em homenagem ao irmão mais novo, no dia 18 de janeiro se despedia, com o Vasco, da Copa São Paulo de juniores. Quatro dias depois estava no Maracanã, titular contra o Flamengo. E foram mais dez participações em jogos. Grato a Abel Braga pela promoção, ele espera, agora, se consolidar com Ramon Menezes.

- Para mim aconteceu tudo de uma forma muito rápida e acabou sendo uma ótima surpresa. Só tenho a agradecer ao professor Abel Braga pelas oportunidades e por ter confiado em mim. Aprendi bastante com ele e, agora, espero dar continuidade em busca do meu espaço no Vasco - revelou, nesta entrevista exclusiva ao LANCE!.

Como tem sido esse período sem jogos para você? Quais orientações o Vasco deixou para que vocês continuem em forma mesmo com tudo parado?
- Está sendo difícil ficar sem jogar. É o que eu mais gosto de fazer. O Vasco passou um cronograma de atividades e estou seguindo corretamente para manter a forma física. Passei um tempo em Muniz Freire (ES) com meu tio Kleberson, para ficar mais focado no dia a dia, e estou me dedicando bastante com a ajuda do Dr. Ramirez Vargas (fisioterapeuta particular).

Juninho - Vasco
Juninho recebeu apoio de um preparador particular (Foto: Divulgação)

Os jogadores mais experientes falam sempre sobre a importância do apoio aos mais novos para ajudar na adaptação ao profissional. Como foi a integração com os mais antigos? Teve alguém que te ajudou mais nesse momento?
- Todos que subiram foram muito bem recebidos pelo elenco. Eles nos ajudam bastante com conselhos e dicas para que a gente possa estar sempre melhorando dentro e fora de campo. É um grupo unido e com grandes pessoas. Me sinto muito bem ao lado deles.

Nos treinos é possível ver que o Ramon Menezes é bem próximo aos jogadores. Como é sua relação com ele? Como recebeu a notícia de que ele treinaria o Vasco?
- Quando soube que o Ramon seria o treinador, fiquei feliz. É uma pessoa que já nos conhece, que estava no dia a dia conosco e sabe o que precisa ser feito para que a gente consiga ter os resultados. Ele sempre conversava comigo e buscava me orientar também. Torço muito para que dê certo e ele tenha sucesso no novo desafio. Estaremos juntos com ele.

Você jogou na base do Flamengo antes de atuar no Vasco, né? Como foi seu início no futebol em meio às dificuldades até chegar ao profissional?
- Foi muito complicado pelas dificuldades que existiam na época. Não foi fácil conseguir chegar ao profissional de um grande clube como o Vasco. Em alguns momentos eu cheguei a pensar até em desistir, mas via o esforço das pessoas ao meu redor em me ajudar e isso me dava muita força para seguir em frente. Além do problema de saúde do meu irmão, que também sempre foi um combustível para eu buscar um algo a mais nos momentos mais difíceis.

O seu irmão já entende a importância da sua comemoração de gols?
Juninho coloca uma mão no olho esquerdo, em referência ao órgão perdido pelo caçula após um câncer.
- Entende, sim. Ele é muito esperto e inteligente, me pede para fazer mais gols para ver a comemoração mais vezes na televisão. Isso para mim é gratificante e motivo de muito orgulho. Ele é um vencedor na vida.

O Vasco ainda atravessa atrasos salariais. Em toda entrevista, o Leandro Castan fala que para alguns jogadores é mais difícil do que para outros. Como tem sido para você conviver com essa realidade?
- A gente entende a situação em que estamos vivendo hoje. O mundo inteiro está sofrendo esse problema do coronavírus e no futebol não é diferente. Está tudo paralisado e vamos tentando levar da melhor forma. Sempre fui uma pessoa tranquila e vou administrando a situação numa boa.

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