Zé Ricardo critica intimidação, mas diz seguir no Vasco: ‘Acredito muito naquilo que estamos construindo’
Técnico do Cruz-Maltino foi um dos alvos do protesto de uma torcida organizada no embarque para Chapecó. Técnico foi defendido também pelo presidente do clube
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Mais um jogo sem vitória do Vasco significa mais um jogo de pressão sobre o técnico Zé Ricardo. Porém, após o empate com a Chapecoense, o treinador afirmou que não pensa em deixar o cargo. O presidente do clube, Jorge Salgado, havia dito, antes do jogo, que não demitiria o treinador independentemente do resultado do jogo desta sexta-feira.
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- Não (pensei em sair). Acredito muito naquilo que estamos construindo. Temos um grupo de profissionais muito competentes, não tenho a menor dúvida disso. Um grupo de homens, na acepção da palavra, que são os nossos atletas, acredito muito neles. Mas no futebol, às vezes, as coisas não acontecem da forma como queremos. Até o momento em que eu me achar confortável no clube, entender que os atletas estão respondendo àquilo que estamos falando, a ideia é sempre seguir porque é uma missão muito dura que o Vasco vem passando. Existem cicatrizes abertas ainda no clube e acabamos pegando muito dessas rebarbas das cicatrizes. Lógico que temos que melhorar e evoluir, jogar melhor o jogo. Concordo com tudo isso, mas existem outras maneiras para se protestar e existem outras maneiras para encararmos isso. Não vejo outra maneira. Mas só vejo isso acontecendo com trabalho, não vejo outra maneira. Acredito muito nesse grupo. Quem acompanha o dia a dia do nosso trabalho sabe o quanto o grupo se dedica - garantiu o treinador.
Para além das críticas, a delegação vascaína foi intimidada por uma torcida organizada na última quinta-feira, antes de embarcar para Santa Catarina. Zé Ricardo diz entender as críticas, mas mostra preocupação com a escalada da violência no futebol brasileiro.
- Eu entendo a frustração, mas tenho certeza que essa não é a maneira correta de protestar. Esse é um problema muito mais profundo do que o que vem acontecendo com treinadores, equipes, jogadores no Brasil. Recentemente tivemos episódios que por pouco não ocorreram coisas mais graves. Entendemos que essa não é a maneira correta de protestar. Tomara que as autoridades averiguem esses fatos. Até porque temos visto punições por agressões verbais a atletas ou torcedores dentro dos estádios. Por que não fora dos estádios? Está faltando valores para a sociedade brasileira. E isso se conserta com educação. Não é uma transformação muito simples. Um país que peca no investimento na educação, uma hora vai pagar o preço. O futebol é uma caixa de ressonância do que acontece no dia a dia. Espero que não aconteça mais porque não desejo ver cenas como essa com ninguém que trabalha no meio do futebol ou em qualquer meio - afirmou.
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O próximo compromisso do Vasco é nesta quarta-feira. O duelo contra a Ponte Preta será em São Januário.
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