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Após SP, deputado do Rio apresenta projeto contra as trans no esporte

Discussão ocorre em meio à participação de Tifanny, do Sesi Bauru, na Superliga feminina

Tifanny - Sesi Vôlei Bauru
Tifanny comemora ponto durante as quartas de final da Superliga feminina (Foto: Divulgação)

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O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ) apresentou nesta sexta-feira o Projeto de Lei 331/19, que estabelece o sexo biológico como único critério para definição de gênero de competidores em partidas esportivas no Estado do Rio de Janeiro. Trata-se da mesma mensagem contida na proposta do deputado estadual Altair Moraes (PRB-SP), protocolado na terça-feira, em São Paulo. O texto de Amorim terá de passar pela Assembleia Legislativa do Rio.

As propostas acontecem em meio ao caso do ponteira/oposto Tifanny, primeira trans a atuar na Superliga feminina, em seu time atual, o Sesi Bauru, que disputa a semifinal do torneio e tem a jogadora como destaque.

Deputado estadual mais votado do estado na última eleição e marcado por outra polêmica, ao destruir uma placa de rua em homenagem à vereadora Marielle Franco (Psol), Amorim argumenta que a principal questão é a diferença na condição física entre homens e mulheres. Ele diz que a competição entre gêneros opostos é "no mínimo desigual e as mulheres saem em grande desvantagem".

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ESPORTE EM ORDEM: Apresentei o Projeto de Lei 331/19 que estabelece o sexo biológico como único critério para definição de gênero de competidores em partidas esportivas no Estado do Rio. A principal questão é a diferença na condição física entre homens e mulheres. A competição entre gêneros opostos é no mínimo desigual e as mulheres saem em grande desvantagem. Cada indivíduo sabe de sua própria condição sexual e isso não está em questão. Porém, competições esportivas precisam de equidade. As mulheres conquistaram ao longo de um século inteiro essa equidade em competições, e agora essas conquistas estão em risco. Por uma feliz coincidência, a campeã olímpica Ana Paula, do vôlei, publicou hoje excepcional artigo na revista Crusoé. Reproduzo um trecho abaixo:_ “João Granjeiro, médico coordenador da Comissão Nacional Médica da Confederação Brasileira de Vôlei, já declarou ser contra a participação da atleta trans na Superliga feminina. Sou solidária em relação às batalhas que transexuais precisam travar para que seus corpos estejam melhor alinhados com o que desejam. Seus desafios pessoais são inimagináveis para mim. É importante respeitarmos a identidade sexual de trans e abraçá-los na sociedade, mas no campo esportivo é difícil ignorar a identidade biológica que possui uma composição óssea e muscular masculina, além de coração e pulmão maiores com superior capacidade cardiorrespiratória. “ Ana Paula cita ainda a maior jogadora de tênis de todos os tempos, Martina Navratilova, homossexual assumida, treinada por uma transexual, que recentemente se insurgiu contra o absurdo do politicamente correta e vem sendo chamada, nos EUA, de “transfóbica”! Logo Martina, treinada por Renee Richards, transexual!!!! É essa a doença mental do Politicamente Correto! Não existem mais verdades, existem narrativas! #RodrigoAmorim #DeputadoRodrigoAmorim #RiodeJaneiro #Alerj #ForçaPraMudar #ORioemOrdem #Restabelecendoaordem #esporte #esporteemordem

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"Cada indivíduo sabe de sua própria condição sexual e isso não está em questão. Porém, competições esportivas precisam de equidade. As mulheres conquistaram ao longo de um século inteiro essa equidade em competições, e agora essas conquistas estão em risco", escreveu o deputado em suas redes sociais. 

Ele também mencionou um artigo da ex-jogadora Ana Paula, bronze em Atlanta-1996, na revista Crusoé, para reforças sua tese.

“João Granjeiro, médico coordenador da Comissão Nacional Médica da Confederação Brasileira de Vôlei, já declarou ser contra a participação da atleta trans na Superliga feminina. Sou solidária em relação às batalhas que transexuais precisam travar para que seus corpos estejam melhor alinhados com o que desejam. Seus desafios pessoais são inimagináveis para mim. É importante respeitarmos a identidade sexual de trans e abraçá-los na sociedade, mas no campo esportivo é difícil ignorar a identidade biológica que possui uma composição óssea e muscular masculina, além de coração e pulmão maiores com superior capacidade cardiorrespiratória“, diz o relato.

Atualmente, Tifanny tem a liberação da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para atuar na Superliga, uma vez que segue os parâmetros determinados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), como o controle de testosterona. Mas existe há um ano uma comissão de estudos em andamento na Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para estudar a participação de atletas transexuais no vôlei, o que impede sua convocação para a Seleção Brasileira.

A atleta está concentrada na semifinal da Superliga. Após perder o primeiro jogo da série para o Dentil/Praia Clube por 3 a 0, o Sesi Bauru tentará igualar o confronto na segunda-feira, às 19h, em Uberlândia. Se o time mineiro vencer novamente, se classifica para a decisão, contra Itambé/Minas ou Osasco/Audax.

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