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Bernardinho e Zé Roberto entram para o Hall da Fama do COB

Treinadores têm as mãos eternizadas em cerimônia realizada em São Paulo<br>

Luiz Roberto Bernadinho
José Roberto Guimarães e Bernardinho entraram para o Hall da Fama do COB (Foto: Gaspar Nóbrega/CBV)

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Treinadores mais vitoriosos do vôlei brasileiro, Bernardinho e José Roberto Guimarães entraram oficialmente no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta segunda-feira, durante o lançamento da temporada 2019/2020 da Superliga, em São Paulo.

– Este não é um prêmio individual, é uma conquista coletiva. Fiz parte de um grupo de atletas que conquistou uma medalha tão significativa. Vim representá-los e também as outras gerações que estão aqui. Então, quero agradecer a cada um de vocês, parceiros de batalhas antigas e companheiros mais jovens, de novas batalhas. Foi uma honra poder lutar ao lado de vocês e é uma honra poder representar todos vocês – discursou Bernardinho, dono de sete medalhas olímpicas, sendo seis como treinador.

– Tenho que agradecer às pessoas que jogaram comigo, os meus treinadores e professores. Mas preciso agradecer muito a duas pessoas, além da minha família,: ao Bebeto de Freitas, meu mentor, aquele que me deu a oportunidade de conhecer o que era integrar a seleção nacional; e ao o Paulo Márcio, meu guru, que me ajudou durante todos os anos na seleção – disse o tricampeão olímpico Zé Roberto, que ainda brincou com os jogadores de sua geração presentes à cerimônia:

– Nós, levantadores, tanto o Bernardo quanto eu, fora o William, fizemos o nome dessa galera. Nós poupamos as costas e os joelhos de vocês.

O evento contou com a presença de grandes estrelas da modalidade, principalmente dos campeões olímpicos em Atenas-2004 e dos vice-campeões em Los Angeles-1984, que também foram homenageados por suas conquistas.

Membro do Comitê Olímpico Internacional e ícone da “Geração de Prata”, Bernard Rajzman representou o COB na cerimônia e destacou a importância da dupla Bernardinho e Zé Roberto para o vôlei brasileiro.

– O nosso voleibol é espelho para tantas coisas. Ele serve como referência não só no campo esportivo, mas em todos os aspectos; é um esporte que se solidificou e que consegue crescer em resultados a cada ano. Essa é uma iniciativa maravilhosa do COB, e tenho orgulho de ter feito parte do júri que elegeu esses dois nomes, esses monstros sagrados do esporte, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do esporte nacional.

Idealizado em 2018, o Hall da Fama do COB pretende eternizar os atletas e treinadores que ajudaram a construir a história olímpica do país, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Para isso, será montado um espaço exclusivo, aberto à visitação pública, no Centro de Treinamento Time Brasil, futura sede administrativa da entidade.

Além de Bernardinho e Zé Roberto, já integram o Hall da Fama os seguintes nomes: Hortência, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta-1996; Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro (bronze em Munique-1972); o velejador Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil; a dupla do vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva, primeiras brasileiras campeãs olímpicas (Atlanta-1996); e Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze na maratona em Atenas-2004 e único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Movimento Olímpico.

Ainda em 2019, serão homenageados: Joaquim Cruz, campeão olímpico dos 800m em Los Angeles-1984 e prata em Seul 1988; Magic Paula, campeã mundial de basquete em 1994 e prata nos Jogos Olímpicos Atlanta-1996; e os já falecidos Guilherme Paraense, atirador, primeiro campeão olímpico do país na história dos Jogos Olímpicos, em Antuérpia-1920; João do Pulo, bronze olímpico no salto triplo em Montreal-1976 e Moscou-1980; Maria Lenk, nadadora, primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles-1932; e Sylvio Magalhães Padilha, primeiro sul-americano a disputar uma final olímpica no atletismo, nos 400m com barreiras, em Berlim-1936.

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