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Cachopa supera pressões, ganha respeito na Seleção e sonha alto

Destaque do Brasil e fã de Ronaldinho Gaúcho, jovem levantador aprendeu a lidar com o apelido peculiar e acabou 'escolhido' pelas quadras. Seleção inicia fase final contra Polônia

“Cachopa” foi o titular do Brasil nas primeiras semanas da Liga&nbsp;<br>
imagem cameraDivulgação/FIVB
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/07/2019
01:55
Atualizado em 10/07/2019
08:00

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A estreia da Seleção Brasileira masculina de vôlei na fase final da Liga das Nações, que acontece nesta quarta-feira, contra a Polônia, às 18h30 (de Brasília), em Chicago (EUA), será marcante para Fernando “Cachopa”. Aos 23 anos, o levantador encara pela primeira vez uma disputa por títulos com o time principal e quer ficar marcado pela capacidade de armar as melhores jogadas, mais do que pelos cabelos que renderam o apelido.

Desde novo, o jogador Sada Cruzeiro é alvo de brincadeiras dos colegas onde passa, devido à semelhança dos cachos com uma cachopa, como são chamadas as colmeias de abelhas. A aparência também já rendeu diversas comparações com famosos, como o cantor americano Lenny Kravitz. Ele conta que se acostumou e já não se importa com a situação.

– Quem deu o apelido foi um garoto que jogou comigo ainda no mirim, em Caxias do Sul (RS), minha cidade, e pegou. Hoje, não me importo mais – disse Fernando, ao LANCE!.

O Brasil, que chega à etapa decisiva após 14 vitórias e uma derrota (para a Sérvia), teve Fernando como um dos destaques na primeira fase. O jovem substituiu o capitão Bruninho, que só se apresentou na terceira semana do torneio, devido ao calendário na Itália, e mostrou atitude. Na última partida, contra a Itália, o novato saiu do banco e comandou o triunfo por 3 a 1.

A convicção de uma carreira nas quadras não veio de forma rápida. Por anos, Cachopa teve dúvidas do futuro. Fã de futebol e de Ronaldinho Gaúcho, já quis ser meio-campista. Até passou em primeiro lugar no vestibular para Administração, mas uma convocação para a Seleção infantil, em 2011, o segurou no vôlei.

O jovem respirou o ambiente da Seleção nos últimos anos e foi preparado para o posto que ocupa hoje. O tempo é curto, mas ele luta para disputar os Jogos de Tóquio-2020, em momento que o veterano William preferiu não defender o time. A Seleção tentará se classificar no Pré-Olímpico, em agosto, na Bulgária. 

Pelo Cruzeiro, Cachopa vem de um ano de pressão, que acelerou seu desenvolvimento. O gaúcho foi alçado à condição de titular pela primeira vez, e o clube, seis vezes campeão da Superliga (cinco seguidas), caiu na semifinal e viu a hegemonia ser quebrada este ano pelo Taubaté. Mas as lições são valiosas.

– Cheguei a ser inscrito na Liga Mundial e treinei com a equipe B antes, mas não jogava efetivamente. Foi pequena a proximidade, até este ano. Mas, no clube, tive muito contato com vários jogadores que passaram pela Seleção. Peguei dicas e um pouco de cada – falou o atleta, que é o segundo mais novo do grupo na etapa final da Liga das Nações. O líbero Maique tem 21.

Contrato em clube foi decisivo para seguir no vôlei

A chance de se desenvolver em um clube estruturado como o Sada Cruzeiro foi um dos estímulos para que Fernando “Cachopa” apostasse na carreira nas quadras, no momento em que cursar uma universidade era um dos objetivos do gaúcho. Ao longo dos anos, ele viu de perto a equipe faturar todos os títulos possíveis.

– Percebi (que faria uma carreira no vôlei) entre 2011 e 2012. Em 2011, tive a primeira convocação para a Seleção infantil e, no ano seguinte, tive um pouco de dúvidas se ia continuar jogando. Fiz vestibular para Administração, passei em primeiro, mas, no fim de 2013, tive o convite para o Cruzeiro. Então, acabei optando por seguir no vôlei – lembrou o atleta.

Fernando já renovou o contrato com o clube para a próxima temporada. Mas, hoje, seus planos vão além. Disputar uma vaga na Seleção, que tentará o tetracampeonato olímpico em Tóquio-2020, é uma meta concreta.

– Temos condições de chegar em uma Olimpíada no ano que vem com um grupo muito forte. Algumas peças se apresentaram muito bem esse ano e o grupo encaixou. Prova disso é a Liga das Nações, onde tivemos grandes atuações – disse o jogador.

A FASE FINAL

Grupo A
Brasil (1 colocado na fase classificatória), Irã (2) e Polônia (5)
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Grupo B
Rússia (3), França (4) e Estados Unidos (6)
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Sistema
Os jogos acontecem entre hoje e sexta-feira, dia em que o Brasil encara o Irã, às 19h (de Brasília). As duas melhores seleções de cada grupo se classificam para as semifinais, no sábado. O título e o 3 lugar serão decididos no domingo.

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O Brasil
A Seleção tem na fase final os levantadores Bruninho e Cachopa; os ponteiros Leal, Lucarelli, Douglas e Maurício Borges; os opostos Wallace e Allan; os centrais Lucão, Flávio, Éder e Isac; e os líberos Thales e Maique.

QUEM É ELE

Nome
Fernando Gil Kreling
Nascimento
13/1/1996, em Caxias do Sul (RS)
Posição
Levantador
Altura e peso
1,85m/85kg
Currículo
Campeão mundial sub 23, em 2013; campeão sul-americano sub 23, em 2016; campeão da Copa Pan-Americana juvenil, em 2015; tetra da Superliga (2014-15; 2015-16; 2016-17 e 2017-18); bi mundial de clubes (2015 e 2016), no Sada.

BATE-BOLA
Fernando ‘Cachopa’
Levantador da Seleção, ao L!

‘O Bruninho é uma referência. Um líder nato, que puxa todo o grupo’

Quais foram os maiores aprendizados que você teve nesta Liga?
Olha, foram muitos. Entre eles, a persistência, que foi fundamental para me trazer até aqui, e a dedicação, já que tenho que treinar muito e estar sempre dando o meu melhor.

Com a chegada do Bruninho, sente que sua responsabilidade de mostrar serviço aumentou?
O Bruninho é uma referência. Estou tendo mais contato com ele pela primeira vez agora e é fácil perceber que ele é um jogador incrível. É um líder nato, que puxa todo o grupo, incentiva o tempo todo e conversamos, sim, sobre a posição, sobre tática, tudo que envolve. É uma troca, uma ajuda mútua e vamos passando um ao outro tudo.

Quem são seus ídolos, seja no esporte ou fora dele?
Ronaldinho Gaúcho, que era um ídolo quando eu era criança. Para mim, foi o melhor jogador que vi jogar. Fora do esporte, meu irmão, Felipe, que foi quem me influenciou a jogar ao ver ele jogando, e o meu pai.

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