Seleção feminina aguarda reforços para Mundial após série de derrotas
Retornos de Garay, Suelen e Drussyla, torcida por Natália e aprendizado após os amistosos contra os Estados Unidos são trunfos de Zé Roberto, que não fechou o grupo para o torneio
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A Seleção Brasileira feminina de vôlei evitou falar em frustração após perder os quatro amistosos que realizou em casa contra os Estados Unidos, na preparação para o Campeonato Mundial, que começa em setembro, no Japão. Na avaliação das jogadoras e do técnico José Roberto Guimarães, há motivos para acreditar em uma mudança de postura e em um desempenho melhor no principal compromisso da temporada. As opções aumentarão.
– É um aprendizado. Tivemos dificuldades o tempo inteiro na marcação de bloqueio e defesa. Em todos os jogos, os Estados Unidos tiveram aproveitamento melhor do que o nosso nestes quesitos. Elas criaram confiança e forçaram cada vez mais o saque onde temos dificuldade – analisou Zé Roberto, que, apesar do descontentamento com a última atuação, não vê motivos para desespero:
– Vamos a partir de agora começar a trabalhar no planejamento com opções maiores, com a Fernanda Garay e a Suelen, por exemplo.
A ponteira ainda busca ritmo de jogo após um período de descanso. Já a líbero desfalcou o grupo nos amistosos em razão de uma cirurgia na mão direita. A ponteira Drussyla também ficou fora das partidas, devido a dores na canela, mas está perto de retornar. E a grande espera é pela ponteira campeã olímpica Natália, que está na fase final de recuperação de uma tendinite crônica no joelho esquerdo. Ela deve voltar a saltar em pouco mais de uma semana.
Para a oposto Tandara, o Brasil evoluiu no decorrer dos amistosos. Ela lembrou do cansaço com a maratona e vê o time em processo de crescimento.
– Acredito que tivemos muita coisa boa e ao mesmo tempo muito o que melhorar. Acredito que a evolução do time foi notória desde o primeiro jogo em Brasília. E esse é o caminho. Para isso que serviram estes amistosos, enfatizar os nosso acertos, mas também os erros. Sabemos que precisamos trabalhar mais. Jogamos 16 sets em menos de uma semana, é muita coisa, cansa, mas não podemos usar isso como desculpa – afirmou Tandara.
O próximo desafio é o Montreux Volley Masters, na Suíça, entre os dias 4 e 9 de setembro. Será o último compromisso antes do Campeonato Mundial, entre 29 de setembro e 20 de outubro, no Japão, para o qual Zé só poderá levar 14 atletas. A convocação não está fechada.
– Era a hora para cometer todos os erros possíveis. Já passei por isso outras vezes. Perdi muito para os Estados Unidos e no fim nos sagramos campeãs olímpicas. É trabalhar forte e estudar bem o time delas, que é parâmetro, e ir firme para Montreux e para o Mundial – disse a central Adenízia.
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