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Especialista em SAF fala de impacto do Grupo City no Bahia

Diferente do apontado por dirigente do Esquadrão, Jorge Braga enxerga benefício no curto prazo

Jorge Braga
Jorge esteve por um ano e quatro meses no Botafogo (Vítor Silva/Botafogo)

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O Bahia foi o sexto e, por enquanto, último clube a ter aprovada a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Grupo City, após assembleia realizada no último dia 3 de dezembro. A proposta vai garantir um investimento de R$ 1 bilhão no Tricolor nos próximos 15 anos.

Para o Campeonato Brasileiro de 2023, seis times já estão garantidos como SAF: Botafogo, Bragantino e Cuiabá, que já estavam neste ano, vão receber a companhia de Cruzeiro, Vasco e Bahia. Outras instituições também já fazem alguns movimentos neste sentido, casos de Atlético-MG, Fluminense, Athletico-PR e Atlético-GO.

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Um dos principais responsáveis pela reestruturação do clube social do Botafogo em SAF e venda para um investidor profissional, o ex-CEO do clube, Jorge Braga, enxerga as possibilidades do Bahia para 2023 como uma grande possibilidade.

- A junção com o Grupo City pode dar salto rápido ao Bahia já em 2023. À primeira vista, o investidor que chegou ao clube é do ramo, tem muita tradição e possui um plano estratégico. Também tem acesso aos recursos de futebol, às competências mundiais e opera clubes em vários lugares do mundo. Acredito que isso pode dar imediatamente escala de patrocinadores, anunciantes, uma série de vantagens que um operador internacional como o City possui, podendo se transferir imediatamente ao Bahia - analisou.

Braga entende que uma estruturação muito bem feita, como foi a do Botafogo, com modelo contratual altamente sofisticado e com as práticas mais modernas é importante, mas faz uma ressalva:

- É importante que os representantes tentam isenção, conhecimento e postura, para poder usar as ferramentas de transparência, de garantia, de proteção e de continuidade do clube que tenham sido construídas.

Empresário e executivo de sucesso em projetos de transformação, Jorge Braga veio do mundo corporativo com sucesso em empresas como Nextel e Claro. Conhecido por provocar choques de cultura no ambiente de trabalho, tem comprovado resultado em planejamentos estratégicos e na criação de novos negócios – também já foi conselheiro de companhias gigantes como a Citibank e a Dasa Digital. O executivo chegou a liderar uma unidade de negócios e geriu uma operação que começou praticamente do zero e faturou quase US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,3 bilhões).

- Não tenho dúvida que cada SAF tem sua particularidade, um modelo próprio, e isso é um processo de evolução. Quanto melhor for gerada, que é onde entra a questão das dívidas e receitas, e do modelo mental da cultura e do conjunto contratual e obrigações do investidor, mais chance tem uma SAF de funcionar. Isso passa especialmente pela capacidade, integridade e conhecimentos dos representantes do clube em exercer a sua função e de ter um controle, uma fiscalização e um comprometimento com o projeto - afirmou Braga.

O executivo deixa claro que comparar valores sem olhar os detalhes contratuais torna muito difícil uma comparação com outros modelos de sociedade anônima no país, mas faz uma ressalva que o próximo passo é tão ou mais importante quanto o primeiro:

- Independentemente do belo trabalho que aparentemente foi feito no Bahia, talvez a questão do clube só ter futebol possa ter simplificado as discussões de divisão de ativos e migração de diretos para a nova SAF. Agora, a perfeita avaliação acontece no dia seguinte. É a condução dos contratos, é respeitar as cláusulas que foram abordadas e é tratar o sócio minoritário com a devida diligência e transparência.

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