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Adaptação a cenário negativo é uma das marcas de Barroca no Botafogo

Conhecido pela valorização da posse de bola acima de tudo, treinador já mostrou que consegue mudar equipe dentro das próprias partidas para se manter competitivo

Eduardo Barroca - Botafogo
Eduardo Barroca é o treinador do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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Eduardo Barroca é da escola de valorizar a posse de bola. Sem ser segredo para ninguém, o treinador do Botafogo busca, acima de tudo, ter o controle do jogo através da bola no pé dos jogadores da própria equipe, características de suas equipes desde a base do Alvinegro. O próprio técnico, porém, já mostrou possui planos alternativos caso este estilo de jogo não funcione. 

A posse de bola é o plano A de Eduardo Barroca, mas a adaptabilidade é algo acima de qualquer planejamento. O Botafogo é um time que, justamente por conta de tal estilo de jogo, pode encontrar dificuldade em algumas situações, mas o treinador mostrou, nesse começo de Campeonato Brasileiro, que pode mexer na equipe durante as partidas e sem fazer nenhum tipo de alteração.

Apesar de ser a quarta equipe com maior média de posse de bola até aqui no Campeonato Brasileiro - cerca de 55,5% -, o Botafogo de Barroca também sabe jogar sem o controle da jogada, apostando em contra-ataques. Tal cenário pôde ser visto na vitória sobre o Vasco, já que o gol de Diego Souza surge em uma rápida trama montada após um roubo de bola no meio-campo. 

- Tudo depende da situação do jogo. Tem partida que você está ganhando e fica mais resguardado, tem jogo que já precisa arriscar um pouco mais, igual na situação contra o CSA. Esse estilo que o Barroca tem tentando implementar, de ter mais a bola do que o adversário, facilita muito, porque, com a bola, você tem mais fôlego e força para chegar no gol adversário. Sem ela, é mais difícil assustar o adversário. Tem muita coisa a melhorar, mas, com o Barroca, já demos um grande passo rumo a ideia dele - analisou Cícero

O fator de adaptabilidade é uma das marcas do trabalho de Eduardo Barroca. Na vitória de 1 a 0 sobre o Fluminense, na quarta rodada do Brasileirão, este trabalho de reagir a um cenário negativo foi visto com clareza. No duelo das posses de bola, a equipe de Fernando Diniz dominou as ações da partida no primeiro tempo; na etapa complementar, o Botafogo não tentou equilibrar as ações neste quesito, mas assumiu uma postura reativa, focando em explorar os rápidos contra-ataques.

Com a parada da Copa América e o tempo para trabalhar a equipe, é provável que os jogadores entendam, cada vez mais, tal filosofia de valorizar a posse de bola. Se tal característica não der certo em uma partida, por acaso, Eduardo Barroca já mostrou que possui repertório para evoluir suas ações e fazer o time assumir uma postura competitiva dentro de campo.

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