Mentalidade e esquema consolidado reforçam esperança para semana crucial do Botafogo
Time de Zé Ricardo não conseguiu a vitória contra o São Paulo, mas teve uma atuação, no geral, sólida. O treinador já sabe o que precisa corrigir para avançar na Sul-Americana
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Se alguém propusesse ao Botafogo abraçar o empate antes de entrar em campo contra o São Paulo, líder até a bola rolar no Nilton Santos, talvez Zé Ricardo aceitasse, confere? Não. O próprio treinador havia negado e, durante a partida, legitimou a resposta ao comandar uma equipe "competitiva" e que não se acomodou quando viu o Tricolor empatar, por duas vezes.
Sobretudo no primeiro tempo, onde o Botafogo esteve mais organizado, escolheu as melhores opções no ataque e praticamente anulou as tentativas dos rivais, que só chegaram ao gol após falhas da defesa alvinegra.
- A nossa equipe teve bom comportamento geral, gostei mais no primeiro tempo. Sem dúvida que a gente perdeu volume na marcação com a saída do Jean (que teve lesão na coxa esquerda), demos espaços ao São Paulo, que fez um segundo tempo melhor - disse Zé, que também cobriu a análise especificando os erros que prejudicaram na manutenção da vitória:
- Erramos algumas decisões que vínhamos conversando, principalmente no terço final do campo. Não podemos tomar decisões equivocadas, porque Bahia tem muitas armas, e isso pode ser fatal pra gente. Nossa transição poderia ter sido melhor sem dúvidas, tivemos oportunidades. Tecnicamente a gente pecou ao não fazer essa transição.
Os tais erros na transição ofensiva fizeram lembrar o Botafogo de Marcos Paquetá, que não conseguiu o que mais queria: verticalizar as ações e mudar o perfil do time de Alberto Valentim. Mas a oscilação no jogo contra o Tricolor é amenizada pela qualidade defensiva dos rivais e pela mentalidade vencedora, que foi o que fez o Alvinegro marcar o segundo gol logo depois de sofrer o primeiro, anotado por Diego Souza.
Agora a missão é pela Sul-Americana. Zé Ricardo será forçado a mexer duas peças em um time que parece cada vez mais sólido na formação atual, com três volantes, no qual tem Bochecha com mais fôlego e pisando na área adversária como manda o figurino, Luiz Fernando e Erik nas pontas consistentes nas pontas, e Kieza, de volta à boa fase, como referência.
Por falar em Erik, o meia-atacante emprestado pelo Palmeiras (não inscrito) e Jean (lesão) serão as ausências contra o Bahia, em decisão que o Botafogo precisa vencer a todo custo. Se repetir a mentalidade deste domingo, o primeiro passo para reverter a vantagem já está dado.
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