Montenegro, sobre times pequenos do Rio: ‘Não foi uma decisão feliz ficar do lado de quem desprezou a TV’
Membro do Comitê Executivo de Futebol do Botafogo afirma que quebra de contrato de televisão será pior para equipes de menor expressão e para a federação do Rio de Janeiro
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O futebol carioca teve um importante capítulo escrito nesta quinta-feira. A Rede Globo, por insatisfação com a FlaTV, rompeu o contrato de transmissão do Campeonato Carioca de 2020 com os clubes. Apesar da edição de 2020 estar na reta final, a ação pode gerar consequências para as temporadas seguintes.
O Botafogo, desde o primeiro momento, foi contra o retorno do Campeonato Carioca ainda esse mês. Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, comentou, com exclusividade ao LANCE!, sobre a decisão. O dirigente afirmou que a quebra do contrato será ruim para as equipes menores e para a FERJ.
- No primeiro momento, fico com muita pena dos clubes menores e da federação, que vive de televisão. Isso pode ser o início do fim, até do Estadual. Atinge muito mais os clubes menores e a federação. No caso dos clubes maiores, eles vão se defender com a TV própria. A gente vai pensar com calma, até o próximo Estadual, negociar com uma plataforma, pode ser TV, à cabo, YouTube, Facebook, pode ser tudo, mas eu acho que os quatro maiores têm torcida e estrutura para se preparar e tentar enfrentar isso. Os clubes menores, à princípio, eu vejo a saída para a criação de uma mini-liga. Acho que quem vai sofrer mais é a federação, porque não vai ter negociação direta com quem vai transmitir os jogos, vai aumentar a taxa de jogos - afirmou.
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Durante o último mês, Botafogo e Fluminense travam uma "batalha" contra Flamengo, Vasco, Ferj e os 14 clubes do Campeonato Carioca, que defendiam o retorno da competição. Agora, com a quebra das transmissões, Montenegro afirma que a decisão das equipes menores em apoiar os times grandes não foi inteligente.
- Não foi uma decisão muito feliz, depois do Flamengo ter abandonado o contrato da televisão. Os times pequenos, que precisam tanto do dinheiro da TV, ficarem do lado de quem desprezou a televisão, não sei se foi uma decisão feliz - analisou.
O dirigente afirma que toda a pressa para retornar a competição foi prejudicial, e vê a quebra de contrato de cotas de televisão como um dos principais motivos para tal. Montenegro não vê um futuro positivo para o Campeonato Carioca.
- É um ano, por causa da doença (coronavírus), que você poderia riscar do calendário. É um campeonato que ninguém vai sentir saudade. Ninguém respeitou nada, muito tempo parada, os clubes com uma opinião diferente em relação ao problema, os clubes menores muito nervosos para receber a cota de televisão, agora estão arriscados a não receber nada. O Flamengo já tinha tentado no início. Essa confusão toda só piorou. É um campeonato que não vai fazer falta - finalizou.
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