Cruzeiro e Palmeiras disputam Diogo Barbosa: veja as armas de cada um
Coimbra, clube ligado ao banco BMG e dono de 75% dos direitos do lateral, está no meio da disputa: paulistas oferecem dinheiro, enquanto a Raposa sinaliza com atletas em troca
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Depois de disputarem o técnico Mano Menezes, que preferiu permanecer em Belo Horizonte, Cruzeiro e Palmeiras estão competindo pelo lateral-esquerdo Diogo Barbosa. O Coimbra, clube ligado ao banco BMG e detentor de 75% dos direitos econômicos, terá participação decisiva no futuro do jogador de 25 anos.
O Cruzeiro é dono dos outros 25% dos direitos e tem contrato com Diogo até o fim de 2018, mas não possui autonomia para mantê-lo em caso de proposta de outro clube. Para isso, seria preciso pagar 1,5 milhão de euros ao Coimbra e comprar mais 25% dos direitos econômicos, algo que não foi feito.
O contrato permite que a Raposa execute esta cláusula até o dia 31 de dezembro de 2018, desde que não haja uma outra proposta na mesa.
- A opção de compra é até 31 de dezembro de 2018. Porém, se tiver uma proposta acima de 4 milhões de euros, o Cruzeiro tem de comprar ou vender. No caso, tem de comprar os 75% restantes - disse Itair Machado, que assumirá como vice-presidente da equipe mineira em 2018, mas já participa do planejamento.
Como o Palmeiras apresentou sua oferta nesta segunda-feira, o clube mineiro agora precisa igualar o valor e adquirir os 75% restantes. Se não o fizer, será obrigado a vender os 25% que possui e perderá o atleta.
O que o Palmeiras oferece?
O Verdão está disposto a comprar 100% dos direitos econômicos de Diogo Barbosa por 4,5 milhões de euros (R$ 17,2 milhões). O Cruzeiro receberia 1,1 milhão de euros (R$ 4,2 milhões) pelos seus 25%, enquanto o Coimbra teria direito aos outros R$ 13 milhões.
O que o Cruzeiro precisa fazer?
A Raposa tem de apresentar ao Coimbra uma oferta pelo menos equivalente à do Palmeiras pelos 75% dos direitos econômicos, ou seja, de R$ 13 milhões.
O que o Cruzeiro vai oferecer?
Os mineiros não têm dinheiro em caixa para pagar o valor, mas acreditam ter duas saídas. A primeira é oferecer ao BMG porcentagens dos direitos do zagueiro Murilo e do atacante Alisson, atletas que se valorizaram em 2017, para que o banco possa lucrar até mais que R$ 13 milhões em vendas futuras. A segunda alternativa seria encontrar um investidor para bancar o valor.
O Cruzeiro acredita ter dois trunfos: a boa relação com o BMG e a vontade do jogador de permanecer no clube em que foi campeão da Copa do Brasil, é querido pela torcida e tem ótimo ambiente com os colegas. No domingo, embora tenha dito que sua vontade é ficar, Diogo se disse chateado com a demora do clube para resolver a situação. Itair Machado teve uma conversa com ele nesta segunda-feira e reiterou que fará esforço para segurá-lo.
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