Fellipe Bastos, do Goiás, afirma que foi chamado de ‘macaco’ duas vezes por torcedor do Atlético-GO
Injúria racial aconteceu no fim da partida entre Goiás e Atlético-GO; o técnico do Dragão, Umberto Louzer, prestou solidariedade a Fellipe Bastos
- Matéria
- Mais Notícias
Fellipe Bastos afirmou que foi vítima de injúria racial por parte de um torcedor do Atlético-GO. A denuncia aconteceu após a vitória do Goiás sobre o Dragão, neste domingo, em partida válida pela quinta rodada do Brasileirão. O jogador, que saiu revoltado de campo, detalhou o ocorrido e pediu um basta.
Relacionadas
> Veja como foi o fim de semana do mercado da bola
- Aconteceu um ato racista. Eu estava saindo para o vestiário e um rapaz com óculos na cabeça me chamou de “macaco”. Eu voltei e falei para ele repetir. E ele falou: “macaco”. Me chamou duas vezes de macaco. No mundo em que a gente vive o ato racista nos deixa entristecido porque as pessoas que estavam ali do lado viram, as pessoas que estavam atrás de mim viram - disse Fellipe Bastos.
- O policial e os seguranças poderiam ter identificado o torcedor. É recorrente. Já aconteceu em outros estádios, com outros jogadores, outras pessoas. Temos que dar um basta nisso, só quem sofre é que sente. Eu não queria que isso abafasse nossa primeira vitória no Campeonato Brasileiro, mas é importante falar. Estou assustado, pois é a primeira vez que acontece comigo. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu - completou.
> Veja e simule a tabela do Brasileirão
Racismo é crime e as medidas judiciais devem ser tomadas para punir o criminoso. Não iremos tolerar esse tipo de atitude.
— Goiás Esporte Clube (@goiasoficial) May 9, 2022
Estamos todos juntos com você, Fellipe.
Racistas não passarão! ✊🏾
Fellipe Bastos ainda revelou que estava triste e perplexo com o ocorrido e relembrou de atos racistas que aconteceram recentemente em jogos da Libertadores. Além disso, ele frisou que o torcedor que cometeu o ato de injúria racial deve ser identificado e punido.
- Estou muito triste, perplexo com o que aconteceu porque não foi só uma vez. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu. Ou seja, ele é racista, não tem outra coisa para se falar de uma pessoa que repete o ato errado, que volta e repete o que falou. Estamos vendo acontecimentos no futebol, a gente viu contra o Fortaleza e o Corinthians (na Libertadores).
- Outros casos aconteceram. Essa pessoa tem que ser identificada, tem que sofrer punição. Não acho que é o clube que tem que sofrer, uma pessoa não diz o que é o Atlético-GO, mas a pessoa tem que sofrer a punição. É fácil identificar, pois ele me chamou duas vezes de “macaco”
Vale destacar que, já na parte final da coletiva de Fellipe Bastos, o técnico Umberto Louzer, do Atlético-GO, entrou na sala de imprensa e prestou solidariedade ao jogador.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias