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CAMPO NEUTRO: Alegria para Nadal, agonia para a Ucrânia

José Inácio Werneck fala sobre o título do espanhol em Roland Garros e a derrota da seleção europeia, que está fora da Copa

Montagem - Nadal e Ucrânia
imagem cameraO contraste entre a felicidade do multicampeão Nadal e a tristeza de Zinchenko, capitão da seleção ucraniana, que está fora da Copa do Mundo (Fotos: Thomas SAMSON / AFP; ANDY BUCHANAN / AFP)
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Lance!
Avon (EUA)
Dia 06/06/2022
14:23

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Rafael Nadal, o mais carismático tenista do mundo, chegou a seu 14º título em Roland Garros. Um triunfo importante não tanto por se impor ao norueguês Casper Ruud quanto por superar os problemas causado por seu pé esquerdo “adormecido”.

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A Seleção da Ucrânia, símbolo do espírito de luta de um país mergulhado em uma guerra que chega a seu quarto mês sem vislumbre de desfecho próximo, ficará fora da Copa do Mundo
no Qatar depois da derrota que lhe foi imposta neste domingo em Cardiff, pelo País de Gales.

Nadal sofre de dores constantes em seu pé esquerdo causadas pela Síndrome de Müller-Weiss, de origem ainda misteriosa e, estranhamente, mais comum em mulheres de meia-idade. Nos próximos dias, Nadal fará um tratamento à base de ondas de rádio para ver se pode jogar em Wimbledon, que começa em três semanas.

Se não der certo, a única solução seria uma cirurgia, que Nadal quer evitar porque precisaria de uma longa recuperação e, mais importante do que tudo, não garante sucesso total. O espanhol
diz também que nunca mais pretende jogar com um pé anestesiado por injeções.

Em outras palavras, é possível que a carreira deste fabuloso tenista, que encarna mais do que ninguém o espírito de luta, esteja próxima de seu encerramento. Um encerramento glorioso, aos 36 anos, e com 22 títulos de Grand Slam, dois a mais do que seus maiores rivais: o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic.

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Quanto à Seleção da Ucrânia, presto minhas homenagens à dedicação dos jogadores, que queriam ver o país de novo em uma Copa do Mundo, onde estiveram pela última vez em 2006. Chegaram perto, eliminados apenas por um gol contra de seu centroavante Yarmolenko, ao tentar afastar uma cobrança de falta de Gareth Bale.

Tenho escrito que o Brasil deve receber com generosidade os refugiados ucranianos que procuram nosso país, assim como refugados sírios, congoleses, venezuelanos e de outras nações. Ainda assim, recomendo aos leitores que, ao se informarem sobre o que se passa na Europa, lembrem-se da velha máxima: em uma guerra, qualquer guerra, a primeira vítima é sempre a verdade.

O País de Gales participou de uma Copa do Mundo pela última vez em 1958, quando foi eliminado nas quartas de final pelo Brasil num jogo duro, no dia 19 de junho, próximo portanto de seu 64º aniversário.

Gol marcado no segundo tempo, por um certo Pelé.

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