Coluna do Rolim: o julho mágico de Pedro, centroavante do Flamengo
Colunista do L! analisa o grande momento do jogador rubro-negro
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Nove gols e quatro assistências em oito jogos - nem todos completos. Foram 30 minutos contra o Corinthians e 45 contra o Juventude. Pedro, do Flamengo, foi o jogador brasileiro de maior destaque no mês de julho. Ganhou até um expectador especial no Maracanã no jogo contra o Athletico-PR: Tite. Hora, então, de analisar seus gols, assistências e seu encaixe no ataque fazendo dupla com Gabigol, ou trio, com a participação de Arrascaeta.
Pedro tem cara de centroavante de área, jeito de centroavante de área e faz a maioria absoluta dos seus gols de dentro da área, mas, nos últimos jogos, vem saindo bastante para ocupar o lado esquerdo de ataque (mapas de calor no vídeo). Pedro flutua pelo lado esquerdo para que Arrascaeta possa centralizar na entrelinha e se aproximar de Everton Ribeiro e Gabigol.
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O Flamengo vem jogando muito pelo lado direito, por característica e por modelo. A saída é feita com os zagueiros e Filipe Luis, liberando Rodinei para pisar na linha lateral já em campo ofensivo. Everton Ribeiro, pela meia direita, busca mais a bola para distribuir que João Gomes, que vem jogando na meia esquerda, e o jogo acaba se desenvolvendo pela direita. Com o time sobrecarregando o lado da bola, Pedro balança para o lado oposto. Mas essa compensação que Pedro faz não parece afetar seus números.
Dos nove gols convertidos no mês de julho, quatro foram em cabeceios, todos muito próximos ao gol, com passes ou cruzamentos que vieram do forte lado direito. Os outros cinco gols foram feitos com o seu pé direito, chapando bolas na grande área ou consertando e orientando o corpo na pequena área para finalizar o mais rápido possível.
Pedro chama a atenção tanto pelo bom chute colocado de média distância quanto pela rapidez com que se orienta para finalizar pressionado no meio da defesa adversária. E no 4-4-2 em losango de Dorival, Pedro e Gabigol foram acomodados no ataque com os pés invertidos, facilitando a finalização do passe que bem pelo meio. Gabi chega pela direita batendo com a canhota e Pedro, destro, chega pela esquerda batendo de primeira.
Mas o que faz brilhar o olho – meu e provavelmente do Tite – são as assistências quando sai da área para jogar na entrelinha. No último jogo de julho pelo Brasileirão, contra o Avaí, Pedro acionou Arrascaeta duas vezes enquanto o uruguaio rompia a defesa e atacava a profundidade. Das suas quatro assistências para gol, duas foram assim, contra o Atlético Mineiro e contra o Tolima. Sai da área, recebe, temporiza com a bola, espera o momento certo e dá o passe nas costas da zaga. As outras duas assistências foram de cabeça, raspando a bola na antecipação ou na jogada de primeiro pau para a finalização de quem vem no segundo pau.
Quando chamo o mês de julho de mágico, é porque o normal é regredir em agosto. Pensar que um atacante fará nove gols e quatro assistências todo mês é ter uma expectativa que não vai se confirmar. O que se espera, do Pedro ou de outro jogador com potencial de Seleção, é que mantenha uma boa média e bom desempenho.
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