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Após fiasco em 2018, Müller tem de driblar problemas físicos para fazer ‘Copa perfeita’ e bater recorde

Alemão luta contra contusões para, ao menos, tentar se aproximar de Klose entre maiores goleadores da história das Copas do Mundo e ser primeiro bi mundial do país

Thomas Muller - treino da Alemanha
imagem cameraMüller durante atividade da Alemanha na praia artificial do resort onde está hospedada (Foto: Philip Reinhard/DFB)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 20/11/2022
16:18
Atualizado em 22/11/2022
05:00

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Peça a qualquer fã de futebol que elabore uma lista com os maiores jogadores em atividade pelo mundo afora. Muito além de Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, é bem possível que na maioria das relações Thomas Müller sequer seja citado. E a Copa do Mundo do Qatar talvez seja a última chance para o meia-atacante do Bayern de Munique gravar seu nome no imaginário popular. Por mais que entre o elenco da Alemanha ele tenha o mesmo status do trio mais célebre.


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De todo o plantel alemão que fracassou na Copa de 2018, na Rússia, quando os germânicos foram eliminados precocemente na primeira fase com duas derrotas em três jogos, ninguém foi mais prejudicado que Müller.

O meia-atacante desembarcou em terras russas com dez gols em Mundiais. Uma campanha mais digna da Alemanha e ele não só já estaria entre os dez maiores goleadores dos Mundiais, como teria condições agora, no Oriente Médio, de tentar desbancar o conterrâneo Miroslav Klose, o maior artilheiro da história das Copas.

Sem conseguir mandar uma bola para a rede quatro anos atrás, Müller desembarca no Qatar precisando de uma 'Copa perfeita'. A diferença para o recordista Klose é de seis gols. Se for à final ou decisão de terceiro lugar, a Alemanha vai jogar sete partidas.

A tarefa não é das mais fáceis. Não só porque o ícone do Bayern de Munique (onde jogou a vida toda) sente o peso dos 33 anos. Isso pode até ser contornado pelo esquema tático de Hansi Flick, fã absoluto do meia-atacante e que o deixa atuar da maneira mais livre possível, flutuando entre a armação e o posto de centroavante.

Entretanto há o peso dos quatro anos anteriores do ciclo até o Qatar. Müller foi eleito o bode expiatório do antigo treinador Joachim Löw pelo fiasco na Rússia e simplesmente foi 'aposentado compulsoriamente'.

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Quando a renovação forçada de Löw se mostrou outra bomba, com eliminação precoce na Eurocopa e o rebaixamento na Liga das Nações, e o comandante do título mundial de 2014 foi substituído por Flick, o 'exílio' dos veteranos estava encerrado. Não ter Müller não parecia assim uma ideia tão boa.

O atual treinador recebeu a recusa de outros experientes, como Toni Kross, e decidiu tornar Müller um expoente de sua equipe. Nem que para isso viessem os sacrifícios habituais. Após conquistar o 11º título da Bundesliga na última temporada (recorde de um jogador na história), problemas na pélvis e no quadril o afastaram da maioria das partida na atual. A solução foi drástica. Ainda em outubro, o Bayern anunciou que ele não mais jogaria pelo clube da Baviera para chegar em perfeitas condições ao Mundial. Pouco depois, renovou seu contrato até 2024.

Motivação de sobra para o Raumdeuter (interpretador de espaços, em alemão), como o maior artilheiro em atividade dos Mundiais é chamado em seu país. Müller chega à quarta e última Copa pronto para quebrar recordes e, quem sabe, escrever mais um capítulo na história sendo o primeiro bicampeão mundial como jogador da Alemanha.

AS COPAS DE MÜLLER

2010 - cinco gols
2014 - cinco gols
2018 - nenhum gol

OS MAIORES ARTILHEIROS ALEMÃES EM COPAS

Miroslav Klose - 16 gols (2002, 2006, 2010 e 2014)
Gerhard Müller - 14 gols (1970 e 1974)
Jürgen Klinsmann - 11 gols (1990, 1994 e 1998)
Helmut Rahn - 10 gols (1954 e 1958)
Thomas Müller - 10 gols (2010, 2014, 2018 e 2022)

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