O último gol em Copas do Mundo de Diego Armando Maradona completa 24 anos nesta quinta-feira. Foi na vitória por 4 a 0 da Argentina sobre a Grécia, em 21 de junho de 1994, nos Estados Unidos, no Foxboro Stadium, que Maradona, aos 33 anos, acertou um chutaço e comemorou com raiva, em frente a uma câmera de TV, em uma imagem que entrou para a história do futebol.
A Argentina já vencia por 2 a 0, com dois gols de Gabriel Batistuta, quando o camisa 10 e capitão da seleção recebeu a bola de Redondo para o chute. A intensa comemoração recebeu o apelido de "El Grito" e se tornou o último grito de gol de Maradona em Copas. Na rodada seguinte, após vitória contra a Nigéria, o meia atestou positivo em exame antidoping e foi excluído do Mundial. A Argentina sentiu o baque e acabou eliminada nas oitavas de final, para a Romênia, enquanto que Maradona rebelou-se contra a Fifa.
Considerado por muitos até hoje como o maior jogador da história da Argentina, Maradona disputou quatro Copas do Mundo: 1982, 86, 90 e 94. O craque conduziu a seleção ao título em 86, no México, atingindo o status de Deus em seu país. Em 90, na Itália, a Argentina perdeu para a Alemanha, na final, na prorrogação, após um pênalti polêmico para os alemães.
Entre 1991 e 92, antes de seu último Mundial, Maradona passou 15 meses suspenso do futebol por uso de cocaína. O retorno à seleção em 1994 e o golaço logo na estreia pareciam apontar para a redenção. Mas após a partida contra a Nigéria, o exame de urina de Maradona deu resultado positivo para efedrina (substância usada em remédios para emagrecer).
- Cortaram as minhas pernas. Tenho a alma destroçada - afirmou Maradona, no dia 30 de junho de 1994, quando o exame foi divulgado e, ele, excluído da Copa. A Argentina perdeu por 2 a 0 para a Bulgária antes de cair nas oitavas.
Maradona disputou 91 jogos e marcou 34 gols pela Argentina. Ele não voltou mais a vestir a camisa da seleção após a Copa dos Estados Unidos.