ANÁLISE: Portugal repete erros e acertos na Copa, e classificação atesta superação do ‘caso Cristiano Ronaldo’
Individualidades voltaram a salvar esquema de Fernando Santos contra o Uruguai
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Quem acompanhou a vitória de Portugal sobre Gana na estreia da Copa do Mundo observou a repetição de padrões no triunfo da segunda rodada, contra o Uruguai. Novamente, a seleção portuguesa fez um primeiro tempo apático e acordou na etapa final, mas a grande vitória é a classificação às oitavas e o ambiente positivo no vestiário da equipe.
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A exemplificação de que a seleção portuguesa não se abalou com as polêmicas cercando Cristiano Ronaldo foi justamente no primeiro gol. Bruno Fernandes e todos os jogadores comemoraram como se o gol fosse de CR7. Mais que isso, após a confirmação do gol para o meia, o astro português não reclamou e vibrou pela equipe.
Aliás, foi a partir do gol que Portugal ‘entrou’ no jogo, pois o primeiro tempo dos lusitanos novamente foi aquém das expectativas. A equipe de Fernando Santos controlou a posse de bola como o esperado, mas assim como foi contra Gana, sofreu para furar um time compacto. A melhor chance da primeira etapa foi do Uruguai, e Diogo Costa fez grande defesa em chute de Bentancur.
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A escolha por William Carvalho não deu dinamismo ao meio-campo e, mais uma vez, a equipe sentiu falta de um jogador de velocidade para dar profundidade pelos lados, já que Nuno Mendes saiu lesionado.
Após o intervalo, assim como foi contra Gana, a seleção portuguesa voltou mais ‘leve’, com toque de bola rápido e um jogo mais fluído. E foi na genialidade de Bruno Fernandes que a equipe abriu o placar, que achou espaço aonde não tinha, cruzou para Cristiano e acabou "ganhando" o gol.
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O primeiro gol do meia abriu o jogo. A Celeste se lançou ao ataque e quase empatou o placar, não fosse o azar de Maxi Gómez e a falta de capricho de Suárez e Arrascaeta. As alterações de Fernando Santos não surtiram tanto efeito positivo. Foi necessário uma jogada de gênio e a má interpretação do árbitro para Portugal fazer o segundo gol e sacramentar o placar.
O esquema tático de Portugal não funcionou, e o talento individual voltou a ser destaque, mas a grande vitória é a classificação antecipada e a paz dentro e fora de campo que os bons resultados trazem à equipe.
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