Portugal: Cristiano Ronaldo falha em ‘última dança’ marcada por recordes e polêmicas

Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo deve ter disputado sua última Copa do Mundo. A competição no Qatar começou promissora, mas terminou melancólica para o astro que está sem clube e vivendo um de seus piores momentos na carreira dentro e fora dos gramados.

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O atacante português começou a competição “livre, leve e solto” após conseguir a rescisão contratual com o Manchester United, algo que o atormentava para o Mundial. Com a convocação, entrou para a seleta lista de atletas com pelo menos cinco Copas no currículo.

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O gol na estreia, diante de Gana, o colocou como único jogador a balançar as redes em cinco Mundiais, e tudo apontava para mais recordes históricos. Porém, o gol de pênalti foi o único marcado por CR7 na competição, que parou em oito gols marcados em Copas, atrás de Eusébio.

Ao longo da competição, o astro perdeu prestígio com o povo português e com o técnico Fernando Santos, que o colocou na reserva, algo que não acontecia em Copas desde 2006. Segundo votação feita pelo jornal “A Bola” antes do jogo contra a Suíça, 70% dos participantes não acreditavam que o atacante devia ser titular da seleção lusa, e pensando no bem da equipe, o técnico atendeu o pedido, e a seleção melhorou sem ele.

Cristiano e Fernando não admitem publicamente, mas o desabafo do craque ao ser substituído contra a Coreia do Sul foi a gota d’água na relação entre ambos. O treinador não gostou do que o atacante disse enquanto saía de campo, e o atleta se queixou quando foi informado que seria reserva, aumentando as intrigas no vestiário.

Na última partida, Cristiano entrou aos seis minutos do segundo tempo, mas não conseguiu fazer o que fez exaustivamente durante 20 anos de carreira: carregar sua equipe para uma virada épica. Ainda assim, completou seu 196º jogo por Portugal, igualando Bader Al-Mutawa, ex-atacante do Kuwait, como o jogador com mais apresentações oficiais por uma seleção nacional masculina, de acordo com dados da Fifa.

O choro após o apito final é o reflexo da dura realidade: aos 37 anos, Cristiano Ronaldo não é mais o mesmo, e precisa reconhecer a derrota no Qatar como sua ‘última dança’ em uma grande competição com uma equipe estrelada.