Veja como a Sérvia mandou no jogo e derrotou por 1 a 0 a Costa Rica
Triunfo obtido com um golaço de falta de Kolarov na etapa final foi justo. Veja o melhor do jogo e os pontos fracos e fortes dos dois próximos rivais do Brasil na Copa
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Costa Rica e Sérvia abriram na manhã deste domingo o Grupo E da Copa do Mundo, o mesmo do Brasil. E os sérvios levaram a melhor, 1 a 0, gol de Kolarov, seu capitão e jogador mais conhecido. Numa falta primorosa, aos 11 da etapa final, a fera da Roma (ITA) superou o goleiro Navas, o melhor da Costa Rica e que evitou um placar mais dilatado para os europeus, bem melhores na partida, embora recuasse um pouco após o gol.
Com o triunfo, a Sérvia, que na próxima rodada, no dia 21, em Kalinigrado, enfrentará a Suíça, chega aos três pontos. A Costa Rica, que encara o Brasil em São Petersburgo, no mesmo dia, tem zero. Veja abaixo tudo o que rolou na partida.
Começo a mil
Os primeiros instantes foram intensos, com a Sérvia partindo para cima no primeiro minuto e Ureña quase marcando aos dois para a Costa Rica. Embora trabalhasse bem a bola, a Sérvia cometia deslizes defensivos e os costarriquenhos assustavam bem mais. Aos 12, após cruzamento de Calvo, em jogada ensaiada depois de escanteio, González cabeceou para fora. Estava livre na entrada da pequena área.
Controle sérvio
Depois dos 15 minutos, a Sérvia mandou no jogo. Com toque de bola qualificado e uma mudança tática, adiantando o meia espanhol naturalizado sérvio Milinkovic-Savic, passou a jogar com quatro na frente. Além do camisa 20, Tadic pela direita, Ljacic do meio para a esquerda e Mitrovic enfiado no ataque. A Costa Rica recuou, jogou com uma última linha de cinco (seus três zagueiros e dois laterais), mais quatro fechando o miolo. Muito fechada, a equipe latino-americana chamou ainda mais a Sérvia para seu campo e até os laterais Ivanovic e Kolarov (este um pouco menos) foram para a frente. Durante 20 minutos foi um massacre, com a bola rondando a área da Costa Rica, a torcida calada temendo o pior. Mas chance de ouro mesmo somente uma, desperdiçada por Milinkovic-Savic. A Costa Rica se safou.
Os minutos finais do 1º tempo
Depois dos 35 minutos a Costa Rica ao menos ameaçou, sempre com Ureña, numa delas um chute que passou perto. Com mais equilíbrio, a reta final teve como destaque uma tentativa de gol de bicicleta de Savic. O lance foi bonito, mas Navas agarrou e se a bola entrasse não adiantaria nada. O 20 estava impedido.
Em números
A matemática enganou nos 45 minutos iniciais. No papel, a Sérvia teve uma chance com Ivanovic e a grande oportunidade de Milinkovic-Savic. Já a Costa Rica rondou a área rival em quatro lances, três com bastante perigo. A Sérvia esteve melhor, com mais posse de bola e chutando pouco, mas foi a Costa Rica em seus poucos momentos de intensidade, que teve mais chances reais.
Etapa final
O treinador da Sérvia, depois de estudar o rival durante cinco minutos e vendo que ele manteria a postura defensiva, passou a pedir maior intensidade ofensiva do lateral-esquerdo Kolarov. A Sérvia voltou a mandar em campo. Mitrovic não marcou aos cinco minutos graças a um milagre de Navas; e Kolarov, que já havia realizado dois bons passes ofensivos, apareceu cobrando uma falta pela direita e fazendo o golaço que abriu o placar. Sérvia 1 a 0.
Substituições da Costa Rica
Venegas era um atacante apagado e Óscar Ramírez colocou Bolaños logo depois do gol da Sérvia. Seu time ganhou em correria, sem objetividade. Depois entrou Campbell, no lugar do exausto Ureña. Colindres na vaga de Guzman foi mais ousado, pois entrou um atacante na vaga de um dos apoiadores. Os reservas até que apareceram, pois a Sérvia, após abrir o placar, recuou e passou a esperar o rival mais em seu campo. Dos três, Bolãnos foi o mais efetivo.
Confusão e VAR
Rolou um entrevero no final. Matic tentou pegar uma bola que foi no banco da Costa Rica, se desentendeu com um membro da comissão técnica. Uns empurrões aqui e ali e a turma do deixa isso pra lá apareceu. Já nos acréscimos, o árbitro senegalês usou o VAR para dar um amarelo a Prijovic.
Substituições da Sérvia
Kostic, jogador do rebaixado Hamburgo da Alemanha, pagou mico como o substituto de Ljajic. Deu de zagueiro numa bola que nem goleiro tinha e era só mandar para a rede e fazer 2 a 0. Lamentável. Já Prijovic e Rukavina entraram no fim, não apareceram muito.
Comportamento das torcidas
Espalhados por todo o estádio e muito mais barulhenta do que a Sérvia, a torcida conseguiu se impor. Mas era nítido, a cada ataque dos europeus, que os russos estavam apoiando o "país amigo".
Recordista
Ivanovic foi escalado como titular da Sérvia. Ao entrar em campo, completou 105 jogos pela sua seleção e passa a ser isoladamente o jogador que mais vestiu a camisa de sua seleção na história.
Bom público
Embora tivesse alguns lugares vagos, quase todos no setor mais caro (e boa parte dos camarotes), a Arena Samara, que tem capacidade para 45 mil, recebeu um razoável número de torcedores: 41.432
O que o Brasil precisa saber da Costa Rica quando esta ataca
Olho em Bryan Ruiz. O veterano está longe da melhor forma, mas as bolas passam por ele e sua distribuição é eficaz. A ligação direta com Ureña e a troca de bolas com o setor esquerdo de seu ataque produzem boas jogadas, principalmente cruzamentos.
O que o Brasil precisa saber da Costa Rica quando esta defende
Contra a Sérvia usou quase um ferrolho e tudo indica que repetirá a dose contra o Brasiil na próxima rodada. Tem três zagueiros e dois laterais bem presos na última linha de marcação e seus dois volantes e dois meias marcam em cima (Bryan Ruiz um pouco menos). Ureña também volta um pouco, o que deixa o time com todos atrás da linha da bola. O engarrafamento de gente dentro da área indica que, contra a Costa Rica, é melhor o rival buscar jogo pelos flancos ou fazer um uso mais efetivo de tiros de fora da área.
O que o Brasil precisa saber da Sérvia quando esta ataca
O toque de bola é excelente, mas a agressividade é pouca. Provavelmente o treinador Krstajic irá manter a estratégia de aproximar Milinkovic-Savic próximo do pouco inspirado Mitrovic e abusar das jogadas pela esquerda com Tadic e com o lateral que ele optar pela direita (Rukavina ou Ivanovic). O que surpreendeu foi o apoio menos efetivo de Kolarov.
O que o Brasil precisa saber da Sérvia quando esta defende
Ivanovic é um pouco lento na marcação pela lateral direita e o miolo da defesa mostrou deficiência no jogo aéreo e na chegada direta contra os atacantes, perdendo muitas bolas na corrida.
FICHA TÉCNICA
COSTA RICA 0 X 1 SÉRVIA
Local: Arena Samara (Samara)
Árbitro: Malanf Diedhiou (Senegal)
Assistentes: Djibril Camara e El Hadji Samba (ambos do Senegal)
Cartões amarelos: Calvo e Gúzman (CRC); Ivanovic e Prijovic (SER)
Cartões vermelhos: -
Público: 41.432 pagantes
Gol: Koralov, 11'/2ºT (0-1)
COSTA RICA: Navas; Acosta, González e Duarte; Gamboa, Borges, Gúzman (Colindres, 27'/2ºT) e Calvo; Bryan Ruiz, Ureña (Campbell, 21'/2ºT) e Venegas (Bolaños, 14'/2ºT). Técnico: Óscar Ramírez
SÉRVIA: Stojkovic; Ivanovic, Milenkovic, Tosic e Kolarov; Milivojevic e Milinkovic-Savic; Tadic (Rukavina, 36'/2ºT) , Ljajic (Kostic, 25'/2ºT) e Matic; Mitrovic (Prijovic, 44'/2ºT) . Técnico: Mladen Krstajic
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