Suárez: um predestinado que pode manter vivo o sonho do tri uruguaio
Atacante tem histórico de marcar em partidas-chave, já garantiu vitória contra a França, rival desta sexta, e é a grande esperança celeste para avançar à semifinal da Copa
Decisão. Gols. Referência. Histórico. Junte todos esses ingredientes para definir a história recente da seleção uruguaia e terá como resultado Luis Suárez. Contra a França, nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), em Nijny Novgorod, as esperanças da Celeste em manter vivo o sonho do tricampeonato Mundial tendem a passar pelo seu camisa 9.
Sem a presença de outro personagem vital na parte ofensiva, Cavani, que se lesionou nas oitavas de final ao ser o herói diante de Portugal, todas as fichas do povo uruguaio são depositadas exclusivamente em seu principal jogador. Mas Suárez está acostumado a esse tipo de missão. O histórico mostra isso.
O jogador do Barcelona é o maior goleador da história de sua seleção, com 53 gols. Inclusive, quando marca, o aproveitamento do Uruguai impressiona. Em 38 jogos, perdeu apenas para a Espanha na abertura da Copa das Confederações em 2013. São 27 vitórias e dez empates quando o atacante balança a rede adversária.
O último jogo diante da França também é de boas lembranças para Suárez e Uruguai. No amistoso realizado em 2013, a vitória dos uruguaios veio graças a um gol do seu camisa 9. Além disso, são 12 tentos contra adversários europeus no currículo do artilheiro.
- Suárez é um atacante em estado puro, que joga bem mais adiantado do que o Griezmann e tem em si uma vontade de fazer um enorme esforço para ajudar quando a equipe não tem a bola - disse Didier Deschamps, treinador da França.
PRESENÇA INFLUENCIADORA
Um outro ponto importante é como a presença ou ausência de Suárez em jogos de Copa do Mundo influenciam o resultado da equipe de Óscar Tábarez. Em suas duas últimas participações (o atacante está em seu terceiro Mundial), os uruguaios não sofreram uma derrota sequer.
Além disso, o camisa 9 tem histórico de gols-chave, como nas duas vezes que marcou contra a Coreia do Sul nas oitavas de final em 2010, e diante da Inglaterra, em 2014, no suado e importante triunfo ainda na fase de grupos. Até a expulsão por colocar a mão da bola no último lance da prorrogação diante de Gana, nas quartas de final da Copa da África, acabou salvando seu país (os ganeses perderam o pênalti e, depois, a vaga).
Por outro lado, as ausências foram sentidas e vitais para o fim da linha uruguaia nas duas últimas Copas. O ato do misto de desespero e salvação em 2010 acabou tirando Suárez da semifinal diante da Holanda (derrota por 3 a 2). Já no Brasil, na última edição da competição, o jogador não atuou na estreia devido a recuperação de uma operação no menisco do joelho esquerdo. Resultado: derrota por 3 a 1 para a Costa Rica. No triunfo épico diante da Itália, o camisa 9 celeste mordeu o zagueiro Chiellini. Foi suspenso por nove jogos. Nas oitavas, viu seu país cair para a Colômbia.
Como se vê, o destino do Uruguai na Rússia está ligada diretamente a Suárez. Diante de todo este perfil decisivo e iluminado apresentado, os franceses estão, certamente, muito preocupados. E a torcida uruguaia otimista.