OPINIÃO: Arrascaeta não é reserva no Uruguai e em nenhum time do mundo
Meia do Flamengo se destaca no futebol sul-americano, mas segue sendo preterido na celeste
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A derrota do Uruguai para Portugal, na segunda rodada do Grupo H da Copa do Mundo, evidenciou uma coisa: Giorgian de Arrascaeta não pode ser reserva nessa seleção e em nenhum time do mundo.
Ao entrar na segunda etapa do jogo e mudar completamente a postura da Celeste, o meia, destaque no Flamengo, justificou o caminhão de títulos que conquistou nos últimos anos no futebol sul-americano, onde muitos passaram diretamente por seus pés, assim como a vitória uruguaia poderia ter passado.
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O camisa 14 do Flamengo foi presença quase constante entre os titulares no ciclo pré-Copa. Em 18 jogos da equipe, foram oito disputados, sendo cinco com o antigo treinador Oscar Tabárez. Já com o atual técnico, Diego Alonso, o uruguaio esteve presente em duas partidas como titular e foi poupado em uma, já que a Celeste estava garantida no Qatar.
A ausência de Arrascaeta no time inicial é curiosa. Ainda que a função mais livre e centralizada, como costuma ter no time carioca, não exista no time de Alonso, os atributos pesam ao seu favor para que "o banco", além de curioso, seja injustificável.
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Depois de ter ficado no banco de reservas na estreia uruguaia na Copa do Qatar, Arrasca entrou no segundo tempo da derrota para Portugal e o jogo foi outro. Jogando com ofensividade e um poderio de criação que só ele tem, quase fez com que seu país empatasse a partida.
O camisa 10 da Celeste conseguiu atuar com profundidade, aparecendo bem para criar jogadas desde a intermediária e distribuindo boas bolas para Núñez e Suárez. Em uma seleção mais "conservadora", que prefere ter a posse do que sair jogando, Arrascaeta é uma "carta na manga" que nem todos podem ter.
Em um dia inspirado, o meia tem uma visão periférica de tudo que acontece no setor defensivo e ofensivo, além de saber como se movimentar quando não tem mais a bola, dando opção e sendo uma espécie de "coringa". O Flamengo enxerga isso, assim como Everton Ribeiro, Pedro e Gabigol. Diego Alonso não, o que prejudica Valverde, Núñez e Suárez.
Caso o Uruguai seja eliminado ainda na fase de grupos, a sensação será de que o resultado poderia ter sido outro se o meia fosse utilizado e tivesse chance de fazer o que mais sabe: ser criativo, decisivo e peça-chave. A sensação será de que Diego Alonso "morreu com a pedra boa" em um dominó que poderia ter sido mantido em pé.
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