Jô além dos gols: a importância do atacante ‘garçom’ para o Corinthians
Em nova sequência no Brasileirão, o centroavante do Timão é muito mais do que um "fazedor" de gols no ataque: é o maior preparador de finalizações do setor ofensivo
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De volta a uma estabilidade no time titular após uma série de obstáculos que o impediram de ter uma sequência maior, Jô se prepara para engatar sua terceira partida consecutiva, com um gol marcado no período. Mas engana-se quem pensa que sua única utilidade é colocar a bola na rede. Além dessa função, ele se mostra o maior "garçom" do ataque corintiano no Brasileirão-2020.
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Único centroavante no elenco atual, o camisa 77 sempre foi o titular da posição, mesmo quando Boselli fazia parte do grupo. Desde que retornou ao clube, ele teve esse status, no entanto uma lesão na panturrilha bem na estreia de Vagner Mancini, contra o Athletico-PR e o exame positivo de Covid-19 antes de voltar, o deixaram fora por seis rodadas do Campeonato Brasileiro.
Para completar, na segunda partida após retornar da quarentena, ele foi expulso e desfalcou o Timão mais uma vez, ou seja, ainda não havia estabelecido uma sequência maior do que dois jogos nesta nova fase. Assim, contra o Fluminense, ele atingirá o terceiro duelo consecutivo, com a missão de fazer muito mais do que gols, como tem sido comum neste Brasileirão.
Jô já marcou quatro tentos na competição, sendo apenas um nessa volta após lesão e Covid-19, diante do Goiás, na Neo Química Arena, em 21 de dezembro. Naquele dia ele quebrou um jejum de mais de três meses sem balançar a rede, já que a última vez havia sido contra o Botafogo, também em casa, no dia 5 de setembro. Como um goleador sua função talvez não tenha sido executada como esperado, mas as virtudes vão além da capacidade de marcar gols.
Até aqui, no Brasileirão, ele é o segundo jogador do Corinthians que mais deu assistência para os companheiros finalizarem, segundo o Footstats, perdendo apenas para Fagner. O atacante deu aos colegas 22 chances de chutar para gol em 19 jogos, enquanto o lateral fez isso 29 vezes em 23 jogos. No entanto, se fizermos o recorte apenas do setor ofensivo, Jô é o líder, à frente de Luan, um especialista, que tem 19 assistências para finalizações em 19 partidas.
Das 22 chances criadas por Jô, apenas uma resultou em gol: o belíssimo passe de calcanhar para Araos marcar diante do Atlético-MG, na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Luan também deu apenas um passe para gol. Fagner, por sua vez, já transformou esses passes em duas assistências, mas ainda assim fica atrás de Cazares, que deu quatro assistências para os companheiros e, ao todo, criou 21 chances para que eles pudessem, pelo menos, finalizar.
Com esse ataque "solidário", é que Jô comandará o setor para tentar conduzir o time à quarta vitória consecutiva na atual edição. E isso pode acontecer na próxima quarta-feira, quando o Alvinegro enfrenta o Fluminense, às 21h30, na Neo Química Arena, pela 29ª rodada do Brasileirão-2020. Atualmente, o Corinthians está na nona posição na tabela, com 39 pontos e um jogo a menos.
Confira o ranking de assistências para finalização do Corinthians:
1) Fagner - 29 em 23 jogos (2 assistências para gol)
2) Jô - 22 em 19 jogos (1 assistência para gol)
3) Cazares - 21 em 13 jogos (4 assistências para gol)
4) Luan - 19 em 19 jogos (1 assistência para gol)
5) Lucas Piton - 16 em 19 jogos (3 assistências para gol)
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