Alessandro não dá prazo, mas banca Carille, que diz viver sonho no Timão
Gerente de futebol e técnico interino do Corinthians concedem entrevista lado a lado e falam sobre o momento do Corinthians após a demissão do 'rejeitado' Cristóvão Borges
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Alçado à condição de treinador do Corinthians após a demissão de Cristóvão Borges, o auxiliar Fabio Carille comandou treinamento nesta segunda-feira e logo depois concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava ao lado de Alessandro Nunes, gerente de futebol do clube. Em nome da diretoria, o ex-lateral-direito bancou a escolha do clube pelo profissional, mas não estabeleceu um prazo para sua permanência como treinador, diferentemente do que fez o presidente Roberto de Andrade no fim de semana, ao bancar que Carille será o comandante até o fim da temporada.
- Não estipulo prazo para ele, mas temos muita segurança. Nos reapresentamos hoje (segunda-feira), fizemos uma reunião com todos os atletas e segue o trabalho de todos, não mais com o Cristóvão, mas sem prazo. A pressão já é natural, responsabilidade já é forte, não vamos aumentar. E sim avaliar o nível desses profissionais. Carille entrou aqui em 2009 e está sendo avaliado o tempo todo. Hoje ele tem uma função diferente, mas quando a diretoria acredita no profissional é porque ele está preparado. Ele já assumiu em outros momentos difíceis como esse, mostrou competência, comando, integração com atletas. Mas futebol é sempre baseado em resultado - avisou Alessandro, sobre as indefinições no comando do Corinthians.
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Em mais de 40 minutos de entrevista coletiva, Alessandro explicou a decisão de dispensar Cristóvão Borges - segundo ele, rejeitado pela torcida desde a chegada ao Corinthians -, afirmou que o clube não tem conversas com outros profissionais e definiu a nova comissão técnica do time profissional, formada por Carille como treinador e pelos auxiliares Fernando Lázaro, então coordenador do Cifut, e Mauro da Silva, observador técnico do Timão. Osmar Loss, técnico do sub-20, não será integrado a princípio, e a ideia é que a análise do trabalho da comissão seja feita jogo a jogo.
- Não posso chegar aqui e dizer que se o Carille não ganhar três ou quatro jogos vai vir outro... O tempo, os jogos, o trabalho te trazem calma para avaliar e tomar a melhor decisão. Tenho que conduzir a realidade do futebol hoje. Tivemos que trocar o comando e temos confiança em quem está assumindo. Na quinta-feira posso ter outra resposta. Após semanas eu volto a te responder se vamos seguir com o Carille ou rever. Mas hoje olhamos para os profissionais que estão assumindo e vemos qualidade. Isso eu faço porque fui atleta dele e sei como é o trabalho - elogiou Alessandro.
Fabio Carille é auxiliar do comando técnico do Corinthians há sete temporadas e trabalhou com Mano Menezes, Adilson Batista, Tite e Cristóvão Borges neste período. Ele já foi interino algumas vezes, mas nunca com a perspectiva de um prazo de tempo mais longo. Desta vez, ele espera aproveitar a grande chance da carreira.
- Estou trabalhando para o jogo contra o Fluminense e só. Não posso pensar no jogo que vem, em janeiro, em 2017. Meu trabalho é dar padrão para o time. Mas é um sonho, por tudo que passei e vivi. Acho que trabalhar como auxiliar, ajudando o treinador, tem que pensar como treinador. É questionar, passar ideias, abrir a cabeça. Eu nunca deixei de pensar como treinador e agir como auxiliar. Tudo tem seu momento, o meu está aparecendo agora e vou fazer de tudo para fazer o meu melhor - disse o novo comandante do Timão.
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