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ANÁLISE: Acabou, Timão? As lições que o próprio Corinthians já deu

Alvinegro perde peças importantes do time campeão brasileiro, mas ainda é muito cedo para pintar o caos no clube. Até quem sai agora já esteve em baixa 'outro dia'

Renato Augusto comemora (Foto: Mauro Horita/AGIF/Lancepress!)
imagem camera<br>(Foto: Mauro Horita/AGIF/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 08/01/2016
18:40
Atualizado em 10/01/2016
18:34

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Até a publicação desta coluna, ou até algum chinês acordar, deixaram o Corinthians os titulares: Ralf, Jadson, Renato Augusto e Vagner Love. Cássio, Gil e Elias podem partir a qualquer momento. São quatro titulares, sendo três deles do meio de campo – e os dois melhores meias do Brasileirão-2015. O desmanche pode atingir até sete titulares. Mudou o time. A ilusão de manter o atual campeão brasileiro, com dois ou três reforços pontuais, acabou.

A ofensiva chinesa no Parque São Jorge preocupa a torcida corintiana, faz rivais darem risada e gera previsões apocalípticas. O corintiano tem razão para se preocupar, os adversários têm motivo para tirar um sarro num mês sem futebol, mas ainda é muito cedo para pintar o fim do mundo pelos lados de Itaquera. Vamos voltar um pouco no tempo...

Hoje, dia 8 de janeiro, as saídas, principalmente da dupla de meias, geram desespero. Natural que seja assim. Ótimo que o futebol seja assim, e que este dê chances para reviravoltas, fazendo opiniões mudarem. Não se esqueça que Jadson já foi descartável: pelo São Paulo, no começo de 2014, e até por Mano Menezes, no fim do mesmo ano, quando o meia virou a terceira opção do então técnico corintiano. Renato já foi visto com desconfiança pelas lesões. Love até outro dia era vaiado.

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Este mesmo Corinthians exaltado em dezembro de 2015 foi alvo de críticas em maio, por eliminações para Palmeiras e Guaraní (PAR), no mesmo semestre em que vinha sendo comparado por alguns a times da Liga dos Campeões. Nem céu, nem inferno. As perdas vão dar, sim, mais trabalho para Tite. É um técnico que já provou ser capaz de montar times competitivos e tirar muito de jogadores dos quais se esperava pouco. Terá de fazer isso de novo, já que não dá para contar com grandes reposições com a grana que entra.

As quatro saídas já confirmadas (até a publicação desta coluna ou até algum chinês acordar) custaram aos interessados (clubes da China e Monaco-FRA) R$ 66,5 milhões. A porcentagem corintiana dos direitos econômicos dos atletas deixa ao clube cerca de R$ 33,5 milhões - algo em torno de 7,5 milhões de euros. Só Renato Augusto estava avaliado em 8 milhões de euros, logo a quantia não é uma bolada para se sair no mercado com grande força atrás de vários reforços, ainda mais para um clube com conhecidos problemas financeiros a serem resolvidos. Mas é possível achar boas reposições – mais dinheiro ainda pode entrar, principalmente se o Corinthians conseguir vender Pato.

Vários reforços com potencial já se encaixaram em outros clubes e ter de olhar para o mercado agora com tantas necessidades, sem dúvidas, atrasa a vida corintiana. Há tempo, porém, para reagir. Há técnico com competência e comando para trabalhar.

Há um ano, não foram poucos os que pintaram um ano trágico, até com rebaixamento, para o Santos, que perdia jogadores. O time foi campeão paulista, brigou em cima no Brasileirão e foi vice da Copa do Brasil, com momentos em que apresentou o melhor futebol no país. O bombardeio de informações no mundo digital em que vivemos gera um festival de opiniões, análises e previsões sobre tudo e todos de forma instantânea. Mas vamos com calma. Hoje ainda é dia 8 de janeiro.

*Thiago Salata (@ThiagoSalata) é editor do LANCE!

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