ANÁLISE: Apático, Corinthians não pode deixar soberba tomar conta do time em sequência de decisões
Em noite onde nada deu certo, Timão precisa usar derrota para o Atlético-GO como aprendizado para temporada
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Vítor Pereira admitiu que os jogadores do Corinthians não entraram ligados o suficiente para a partida contra o Atlético-GO. O que se viu do Timão no Antônio Accioly foi uma equipe apática, sem o menor senso de urgência e com o pensamento de que a qualquer momento um gol surgiria.
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A escalação do técnico português se mostrou confusa para a ocasião, com o coletivo muito abaixo e os jogadores no geral errando diversos gestos técnicos.
Assim como fez na vitória por 3 a 1 sobre o Coritiba, na décima oitava rodada do Brasileirão, Vítor Pereira optou por um meio-campo versátil, com Willian tendo liberdade para circular pelos lados do campo, e Yuri Alberto e Róger Guedes formando a dupla de ataque.
O trio de meias, formado por Cantillo, Du Queiroz e Maycon, deixou a desejar especialmente na transição defensiva. Em diversos momentos, o Dragão acelerava a troca de passes ou iniciava um contra-ataque com muito espaço no meio do campo.
Na frente, Willian não conseguiu ganhar a maioria das jogadas individuais. Além disso, a parceria entre Yuri Alberto e Róger Guedes no ataque foi nula. Os dois se movimentavam, mas não dialogavam entre si e também comprometeram defensivamente.
Na defesa, setor mais prestigiado do time na temporada, Piton jogou colado na linha lateral e quase sempre esteve fora de posição. Dudu aproveitou o espaço cedido pelo camisa 6 corintiano e cruzou para Jorginho abrir o placar. Além do lateral, Róger Guedes e Cantillo demoraram na marcação.
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O marasmo de ideias se refletiu nos números. O Corinthians deu apenas um chute ao gol nos 90 minutos, e ele veio no final do primeiro tempo, com Willian.
Sem medo de mudar após o intervalo, Vítor Pereira diagnosticou os problemas e voltou com Giuliano e Adson. As mudanças surtiram efeito positivo nos primeiros 20 minutos do segundo tempo. A dupla se entendeu bem com Fagner, fazendo tabelas e triangulações.
Na metade do segundo tempo, o treinador corintiano colocou Rafael Ramos e Fausto Vera. Os estrangeiros, no entanto, entraram na mesma rotação morna do restante do elenco.
Com a bola mas sem conseguir chutar, o Timão parecia confortável com a desvantagem de um gol, mas a bola pune. Novamente em falha na transição defensiva, Léo Pereira aproveitou o espaço dado por Rafael Ramos e acertou lindo chute no ângulo.
Se o Corinthians pensa em avançar de fase na Copa do Brasil, os jogadores e a torcida podem se inspirar no rival da Libertadores. Ao chamar os flamenguistas para tornar o Maracanã um inferno, Gabigol acendeu uma chama que parecia apagada no Flamengo contra o Atlético-MG.
Vítor Pereira, na coletiva, e Cássio, na entrevista pós-jogo, deram o recado. Resta ao elenco entrar focado, e a torcida tornar a Neo Química Arena um caldeirão.
No próximo mês, o Timão irá decidir o seu destino nas duas competições mata-mata e ainda tem um duelo contra o Palmeiras no Brasileirão, que pode ser fundamental para o campeonato. Para seguir sonhando com taças, o Corinthians precisa usar a derrota contra o Dragão como aprendizado.
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