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Andrés abre negociações com a Caixa e descarta perder Parque São Jorge

Presidente do Corinthians concedeu nesta terça primeira entrevista coletiva no CT Joaquim Grava após a eleição, admitiu dívida da Arena acima de R$ 1 bi, mas prometeu pagar

Andrés Sanchez
imagem cameraAndrés Sanchez com seus vices Alexandre Husni e Edna Morato (Marcio Porto)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/02/2018
13:46
Atualizado em 06/02/2018
18:01

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Presidente do Corinthians eleito no último sábado, Andrés Sanchez concedeu nesta terça-feira sua primeira entrevista coletiva no CT Joaquim Grava após voltar ao cargo. O dirigente iniciou com um pedido de desculpas ao repórter Flávio Ortega, da ESPN, agredido após o anúncio do resultado da eleição no sábado. Sobre o episódio, o presidente disse que o clube já identificou alguns dos agressores e que está tomando as providências, bem como autoridades que investigam o caso.

Andrés também falou sobre a dívida da Arena Corinthians, a maior prioridade de sua gestão. O presidente admitiu débito de R$ 1.170 bilhão, mas descartou qualquer possibilidade de o clube perder o Parque São Jorge. Matérias de O Globo e Folha de S. Paulo desta segunda diziam que a Caixa Econômica Federal, intermediária na negociação do estádio, pretendia executar as garantias do negócio. A sede corintiana é uma das últimas garantidas sobre a dívida. Andrés disse que já retomou as negociações com o banco.

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- O Corinthians não corre risco de perder o Parque São Jorge. Já sentamos em negociações com a Caixa, esperamos que mais rápido possível chegamos a algum denominador comum. Contando tudo, dá 1 bilhão e 170 milhões de reais, contando os juros. Sentando, vamos acertar tudo isso. Isso é prioridade - afirmou.

- Vamos negociar. É como se comprar uma casa, foi mandado do emprego, e tem de renegociar. Ninguém quer deixar de pagar, e ninguém quer deixar de receber. É assim, todo mundo já sabia. As pessoas vão se envolver novamente, comigo, para terminarmos - afirmou Andrés.

Ao lado do dirigente na entrevista estavam seus vices Edna Murad e Alexandre Husni. Andrés também confirmou outros membros da diretoria, a saber: Luis Paulo Rosenberg (marketing); Duílio Monteiro Alves (futebol); Wesley Melo (financeiro); Fábio Trubilhano (jurídico). Todos esses departamentos contarão com um gerente. No futebol, Alessandro Nunes está mantido por ora, enquanto Caio Campos retorna ao marketing, cargo que ocupou entre 2007 e 2014. 

Confira abaixo outros trechos da entrevista de Andrés, que também falou sobre a busca por reforços, a confusão da eleição e a dificuldade em governar com presença forte da oposição no Conselho:

Confusão na eleição
Eu espero que nunca mais aconteça isso. Mas independentemente de quem ganhasse a eleição, iria ter esse protesto. Quanto o Mário foi, teve um pouco menor, o Andrade um pouco menor, e comigo também. Infelizmente as pessoas fazem isso, é repugnante. Mas o Corinthians vai tomar suas atitudes e aguardamos as autoridades.

Reforços - camisa 9
Não estou negociando, especulando, com nenhum jogador. Não sentei com Carille. Duílio deve ter sentado, vou sentar depois. Esse ano é de olhar para dentro do clube, e depois atacar mais. Esse ano tem Profut, temos de tomar muito cuidado. Ano que vem só teremos 40% da renda de televisão, porque foi dividido. Então temos de pensar já nisso e fazer uma estratégia para não ser pegos de surpresa, nem esse ano, nem ano que vem.

Conversas com Carille
Todas as nossas contratações têm sido com aval da comissão técnica, e com o entorno do atleta. Como ele reage, tudo. Sem citar nomes. Tudo isso é importante.

Patrocinador master
Primeiro olhar dentro do clube. Lógico que a partir de ontem já começamos a trabalhar. Ainda não tem nada. Assim que tiver, vamos comunicar.

Licença do cargo de deputador
Eu queria me licenciar essa semana, mas não vai dá tempo de ir até Brasília. Espero ir logo, antes do Carnaval, mas vou o mais rápido possível. Eu vou me dedicar 100% ao Corinthians.

Identificou agressores?
Todo mudo conhece, todos sabem quem são. Mas vou deixar o Corinthians tomar atitude internamente, e deixar as autoridades também.

Vai ser mais difícil governar agora?
Eu acho que mais difícil sempre vai ser. Como mudou o tipo de eleição, todos são corintianos. E se você for transparente, mostrar tudo, votar contra por ser contra, não é legal. Tem de ser sadio, sempre foi assim.

Maior pressão?
Todo presidente que assumir vai ter pressão para ganhar tudo. Faz parte. Mas volto a repetir: pés no chão, consciência tranquila. Se não ganhar esse ano, ganha nos outros. Nunca foi do dia para a noite.

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