Corinthians bate metas financeiras em premiações, mas sonha com ‘cereja do bolo’
Mesmo arrecadando mais do que o esperado com as bonificações, clube deseja encerrar a temporada com um título<br>
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Ainda no primeiro semestre, o Corinthians já havia batido a sua meta financeira em premiações nas competições mata-mata em 2022. Na terceira colocação do Campeonato Brasileiro, a tendência é que o clube também atinja o objetivo na competição disputada em pontos corridos.
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No entanto, estar no G-4 do Brasileirão e na semifinal da Copa do Brasil, tem feito a diretoria corintiana sonhar com algo que vai além do planejado para essa temporada: um título.
Muito mais do que os lucros financeiros com os resultados corintianos até aqui no ano, o entendimento da direção é que uma taça coroará o desempenho esportivo do elenco.
A cúpula da equipe tem plena consciência que muito mais do que uma empresa, que visa superávits, o Timão também vive de conquistas dentro das quatro linhas.
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Eles também entendem que esse sonho pode ser alcançado mais facilmente na Copa do Brasil do que no Campeonato Brasileiro. Nesta segunda competição, mesmo fazendo uma campanha muito acima da esperada, a equipe alvinegra tem uma diferença grande de pontos para tirar.
A derrota no clássico para o Palmeiras, no último sábado (13), colocou uma diferença de nove pontos entre os rivais. O Verdão lidera a competição, enquanto o Time do Povo é o terceiro colocado, no momento.
DINHEIRO NO BOLSO
Financeiramente, o planejamento do Corinthians para essa temporada foi conservador e não previu títulos.
O documento, montado em parceria com a Falconi, empresa de consultoria que tem trabalhado com o clube alvinegro desde o início de 2021, foi produzido no segundo semestre do ano passado e levado ao conselho deliberativo corintiano no último trimestre.
Nele, o estimado era que o Timão fosse às semifinais do Campeonato Paulista (o que aconteceu), oitavas de final da Libertadores e Copa do Brasil (com o clube indo além) e terminasse o Brasileirão na sétima colocação (a equipe é a terceira colocada neste momento).
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Sem contar o Brasileiro, que terminará apenas em novembro, o Coringão já embolsou R$ 19,7 milhões a mais em relação ao esperado - levando em consideração a conversão de dólar nesta sexta-feira (19), já que as premiações da Libertadores são pagas na moeda estrangeira.
Esse aumento entre o previsto e o conquistado até aqui tem muito a ver com o fato do Corinthians estar na semifinal da Copa do Brasil. A estimativa é que o clube alvinegro chegasse às oitavas de final do torneio.
Não tanto como na Copa do Brasil, o Timão também arrecadou mais na Libertadores do que esperava. A estimativa era de 4,05 milhões de dólares (R$ 20,9 mi, na cotação atual), com a equipe indo até as oitavas de final da competição. Como a campanha corintiana levou o time até às quartas, o valor pago pela Conmebol aumentou em 1,5 milhão de dólares (R$ 7,7 mi, na cotação atual) e chegou a 5,55 milhões de dólares (R$ 28,4 mi, na cotação atual).
No Campeonato Paulista, o Corinthians atingiu à risca o objetivo previsto, chegando até a semifinal e adicionando aos cofres do clube R$ 750 mil.
Já no Brasileiro, a tendência é que o Time do Povo tenha um aumento de, pelo menos, algo em torno de R$ 5 milhões entre o previsto e o conquistado.
A projeção no ano passado é que o clube ficasse na sétima colocação da competição nacional e recebesse R$ 23,1 milhões por isso. Porém, a equipe se encontrou no G-4 durante quase todo campeonato, tendo, inclusive, sido líder em algumas rodadas.
No momento, na terceira posição, o Timão embolsaria R$ 29,7 milhões - R$ 6,6 mi a mais.
Caso termine entre os quatro primeiros, o que é previsto para o Corinthians neste Brasileirão, mas em quarto lugar, o ‘lucro’ entre os previsto e o conquistado será de R$ 4,9 milhões - R$ 28 milhões ante os R$ 23,1 milhões estimado.
METAS DE ARRECADAÇÃO EM VENDAS TAMBÉM FOI BATIDA
Entre janeiro e agosto, o Corinthians vendeu três ativos que possuía: o volante Ederson, que estava emprestado ao Fortaleza, e foi para o Salernitana, da Itália; o meia-atacante Gabriel Pereira, vendido ao New York City, dos Estados Unidos; e o zagueiro João Victor, negociado com o Benfica, de Portugal.
Somadas, essas transferências renderam aos cofres corintianos cerca de R$ 100 milhões, superando a marca de R$ 91 milhões estimada pelo clube nesta temporada.
E esse valor pode aumentar, caso o Timão negocie o atacante Matheus Davó, que está emprestado ao Bahia, e que gerou o interesse a clubes russos.
O zagueiro Robert Renan também é monitorado por clubes europeus, no caso, ingleses, mas não deve deixar a equipe nesta janela de transferências, que se encerra internacionalmente no fim de agosto.
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