Expectativa x realidade: ‘Endrick’ do Corinthians, Pedro passa longe de valor idealizado; saiba os motivos
Necessidade financeira do Timão foi principal motivador para a venda do atleta, mas 'aval' de Luxa e ausência de propostas também contribuiram com o desfecho da negociação
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Vendido por 9 milhões de euros (R$ 47 milhões, na cotação atual) ao Zenit, da Rússia, o atacante Pedro deixará o Corinthians no início do ano que vem por um valor muito menor do que a expectativa criada devido a badalação que o atleta teve durante o seu período nas categorias. O Timão ainda receberá o valor total parcelado em três vezes.
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A necessidade do Timão em fazer dinheiro antes da abertura da janela de transferências, que acontece nesta segunda-feira (3), foi o principal motivo pelo qual o clube alvinegro ‘facilitou’ a negociação. Com um acerto firmado com o meia argentino Matías Rojas e em busca de reforçar o elenco com, pelo menos, mais dois reforços, a diretoria corintiana se viu ameaçada a não poder registrar novos atletas por conta de algumas dívidas. A alternativa, então, foi negociar uma das suas revelações.
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A opinião do técnico Vanderlei Luxemburgo foi bastante importante para que o Corinthians vendesse Pedro. O garoto não estava entre as principais preferências do treinador na posição, ficando atrás até mesmo de outros pratas da casa como Guilherme Biro e Wesley.
Inclusive, a ausência de propostas por Pedro foi uma espécie de parâmetro para diretoria e comissão técnica decidirem negociá-lo em meio à necessidade financeira. A maioria das revelações corintianas volta e meia estão recebendo sondagens de clubes europeus. Nomes como os do zagueiro Murillo e até mesmo dos já citados Biro e Wesley são frequentemente avaliados por times internacionais, o que não era tão frequente com Pedro. Isso também foi importante para que o Timão optasse pela venda na primeira proposta que chegou pelo atleta.
COMPARAÇÃO COM ENDRICK
A realidade financeira entre Palmeiras e Corinthians foi fundamental para que a condução da negociação dos dois atletas fosse diferente.
Enquanto o Verdão é um clube com as contas em dia é organizado financeiramente, o Timão possui uma dívida que gira em torno dos R$ 900 milhões, além das pendências referentes ao pagamento da Neo Química Arena.
Ainda assim, o valor que o Palmeiras receberá na transação é menor do que os 72 milhões de euros (R$ 376,5 milhões, na cotação atual) acordados com os espanhóis. Isso porque, primeiramente, 12 milhões de euros (R$ 62,7 milhões, na cotação atual) correspondem às taxas de impostos e comissões de intermediação aos empresários que costuraram o negócio.
Do montante que resta - 60 milhões de euros (R$ 313, 7 milhões, na cotação atual) -, a quantia fixa era de 35 milhões de euros (R$ 183 milhões, na cotação atual), que teve a primeira parcela, correspondendo a metade do valor - 17,5 milhões de euros (R$ 91,5 milhões, na cotação atual) -, pagas no ato da compra, e a segunda será quitada apenas em 2024, quando o atacante se apresentar ao Real.
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Os 25 milhões de euros restantes (R$ 130,7 milhões, na cotação atual) correspondem às metas de desempenho individuais e coletivos que a revelação pode atingir. Os individuais são referentes a números alcançados por Endrick com a camisa alviverde, já o coletivo está atrelado ao início do garoto pelo clube merengue. Esses objetivos são considerados acessíveis. Tanto que o primeiro já foi batido: marcar cinco gols nesta temporada. Isso rendeu ao Verdão 2,5 milhões de euros (R$ 13 milhões, na cotação atual). E a cada cinco gols que o camisa 9 marcar em 2023, o Palmeiras receberá novamente o valor.
Assim, em números fixos, o valor que os palmeirenses venderam Endrick significa quatro vezes mais ao que os corintianos negociaram com o Zenit por Pedro. Porém, se considerarmos a operação total, a discrepância aumenta para oito vezes.
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