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Ao L!, Gabriel fala da volta para sua posição e da boa fase do Corinthians: ‘Vamos ter que continuar suando’

Volante concedeu entrevista exclusiva para comentar sua liderança no elenco do Timão e a chegada dos novos reforços, que dão perspectivas reais de briga no topo da tabela

Gabriel - Treino Corinthians
imagem cameraGabriel falou de seu bom momento individual e da melhora coletiva do Timão (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/09/2021
22:04
Atualizado em 04/09/2021
06:00

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Perto de completar cinco anos de Corinthians, Gabriel se torna cada vez mais um dos grandes líderes do elenco atual, seja qual for o técnico. Coincidência ou não, foi quando ele voltou a jogar como "5" que o time passou a "encaixar" juntamente com a chegada de reforços. Ao LANCE!, ele falou dessa boa fase individual e coletiva, e que pode render muitos bons frutos já em 2021.

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Em entrevista exclusiva concedida para a reportagem na última sexta-feira, o camisa 5 do Timão falou de diversos assuntos, mas principalmente o seu papel dentro do grupo, como uma das referências para os mais jovens dentro e fora de campo, e como um jogador identificado com o torcedor do clube.

- É muito importante. Estou feliz por estar chegando perto dessa marca histórica para mim (cinco anos de clube), ainda mais nos dias de hoje, que a gente sabe o quanto é difícil o jogador se manter em clubes do tamanho que tem o Corinthians, então é para poucos. Estou muito feliz por estar me mantendo, jogando, evoluindo e tendo um papel de liderança para poder ajudar meus companheiros dentro e fora de campo - disse, antes de completar:

- Isso só faz parte da evolução. Isso me ajuda muito a crescer como jogador e como pessoa também. Cheguei aqui de um jeito, hoje sou outro atleta, com uma mentalidade bem mais avançada e experiente do que quando cheguei. Então, acho que essa responsabilidade que carrego é importante, juntamente com outros atletas, para que possamos juntos vencer e fazer história.

Desde que Gabriel voltou a jogar como primeiro volante, função em que se sente mais confortável em campo, o Corinthians ainda não perdeu. Claro que isso tem a ver também com a chegada de Giuliano e Renato Augusto, e a evolução do trabalho de Sylvinho. Mesmo que se sinta à vontade nessa função, ele avisa que o importante mesmo é estar sempre entre os 11 iniciais.

- Lógico que procurei ajudar e fazer o meu melhor em uma posição um pouco mais avançada. Acho que também pelo meu biotipo, pela parte física, que requer muito uma intensidade de jogo, consegui corresponder de uma maneira positiva. Lógico que minha primeira função é o primeiro homem do meio-campo, onde eu já vinha fazendo com mais facilidade e mais tempo na minha carreira. Mas, gosto de jogar, estar ali, de poder ajudar meus companheiros

- Estou feliz por estar jogando e compondo o meio-campo, que é um lugar muito concorrido, não só ali mas em todos os lugares. Mas lógico, tem uma disputa sadia e estou feliz por estar jogando, por ajudar meus companheiros e estou bem à vontade naquela função de 5, que é a função que mais atuei na minha carreira, e feliz pelo momento que o clube vem passando também.

A boa fase no clube, tanto individual quanto coletiva também foi abordada pelo volante durante a entrevista ao LANCE!. Gabriel acredita que a mudança de "chave" do Corinthians aconteceu a partir do momento desempenho e resultado passaram a andar juntos, o que também potencializou a confiança do grupo. No entanto, para isso continuar é preciso manter o trabalho e o suor.

- Acho que o principal é a confiança. Nós sempre confiamos no nosso trabalho, no trabalho do Sylvinho, independente de um resultado ou outro que não era favorável, nós nunca abaixamos a cabeça e achamos que estava tudo errado. A gente sabia que nosso momento iria chegar. A gente buscou, batalhou, sangrou, suou para que chegasse esse momento mais estável, de vitórias, bons jogos. Não só as vitórias, mas também com boas atuações, porque isso gera confiança, não só para nós mas para a comissão também.

- Isso ajudou no momento em que não estávamos tão bem, de nós realmente estarmos juntos, se abraçar e trabalhar. Acho que o trabalho é o principal, e a confiança, que nunca faltou desde o começo, para que nós possamos viver o que estamos vivendo hoje. Mas a gente sabe que futebol é assim. Então, para continuar vivendo isso, nós vamos ter que continuar suando, sangrando e isso é bom, que deixa a gente sempre em estado de alerta e sempre bem concentrado em fazer o melhor - concluiu.

Confira outros trechos da entrevista exclusiva com Gabriel:

Qual foi o seu papel durante a chegada dos jovens jogadores da base?
Há pouco tempo eu também era jovem, estava chegando e me adaptando, e hoje estou nesse processo também, porque ainda tem os jogadores mais experientes, em termos de idade, de clube, e estou nesse processo de evolução. Todos se respeitam, claro, mas também vejo que tenho o respeito de todos, então isso é legal, dá confiança e moral para você falar algo que tem que falar, poder ajudar ou cobrar alguém de uma maneira construtiva. Vejo que a turma tem essa aceitação comigo e me escuta muito bem, então estou muito feliz. E procurar ajudar o Corinthians sempre, para que nós juntos, como eu disse, almejar e buscar coisas maiores.

O elenco do Corinthians parece ter construído uma amizade forte. O quanto isso ajuda nos momentos de maior oscilação do time?
Ajuda e ajuda muito. Nós conversamos muito, não só aqui mas também fora de campo. A gente tem um grupo muito bom quanto a isso, de se abraçar. Em um resultado que lá atrás não foi bom, a gente conversa, liga um para o outro, levanta, não abaixa a cabeça e amanhã a gente está junto de novo no clube. Acho que é assim que nós criamos um ambiente vencedor, realmente uma família, não só por passar mais tempo juntos do que com a própria família, mas porque nós queremos ganhar. Então, nós queremos algo maior e por isso nós somos uma família, e estamos remando para o mesmo lado. Isso é muito importante. E a nossa união, a nossa amizade, com certeza ajuda. Você olha para o lado, você um companheiro em campo e vai querer ajudar. Se precisar brigar, xingar, vai também, porque isso faz parte do jogo e no final a gente se abraça e vamos juntos.

O Corinthians vem em boa fase e ganhou alguns reforços nos últimos. Você acredita que há ainda uma margem maior de crescimento para o time?
Tende muito a evoluir, logicamente pelas chegadas que dá qualidade também para o grupo e para o elenco e também pelo tempo de trabalho. O Sylvinho, se eu não me engano, acho que a comissão está há três meses, no máximo três meses de trabalho. E realmente vem gerando frutos, vem gerando uma evolução que está nítida em jogos e agora juntando com o resultado. A gente sabe que o resultado é o principal, no Brasil e no mundo, todo mundo cobra por resultado. Então nós sabíamos que teríamos que buscar isso para nos dar ainda mais a tranquilidade para poder trabalhar e ter confiança para executar. Então eu vejo uma margem de crescimento muito alta, não só pelas chegadas, mas também pelo tempo de trabalho. Lógico, como eu disse, os caras que chegaram, os nossos companheiros novos vão também nos ajudar muito e realmente vai elevar o nível do Corinthians.

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