Insatisfeitos, torcedores se reúnem com diretoria da base do Corinthians
Membros de organizada foram ao Parque São Jorge e fizeram cobranças e críticas ao novo diretor do departamento, Carlos Nujud. Contratação de Yamada foi um dos assuntos
A reformulação nas categorias de base do Corinthians segue tumultuando os bastidores do clube. Na última segunda-feira um grupo de torcedores foi até o Parque São Jorge, sede social do Timão, e fizeram cobranças ao novo diretor do departamento, Carlos Nujud.
Segundo relatos à reportagem do LANCE!, seis membros de uma torcida organizada surpreenderam Nujud no início da tarde, quando o cartola chegou a Parque São Jorge, e pediram uma reunião com ele a portas fechadas. Os torcedores foram atendidos e, apesar de insatisfeitos, tiveram uma conversa em clima pacífico. O principal tema do encontro foi a contratação do ex-goleiro Yamada para gerir as equipes de base.
Os torcedores externaram incômodo pela escolha por Yamada. Eles argumentaram que, por vir atuando como agente de jogadores na empresa Think Ball, o ex-goleiro não teria isenção para ser executivo do clube. Também lembraram que ele é muito amigo de Edu Gaspar, ex-gerente do Timão e hoje coordenador na Seleção Brasileira, o que seria outro impeditivo para a sua contratação.
Apesar das reclamações, a direção corintiana não deve ceder e manterá Yamada no cargo. O ex-goleiro está ciente da pressão, mas entende que poderá superar a desconfiança no curto prazo, mostrando que se preparou para exercer função diretiva e que não tem mais relação com a Think Ball. Ele tem repetido nos últimos dias a pessoas ligadas ao Corinthians que se especializou na gestão de clubes e que tem perfil para desempenhar tal atividade. O ex-goleiro deve se apresentar no Timão nesta quarta-feira.
Como noticiado na última semana, as trocas no comando da base do Timão vêm agitando também a política do clube. Fausto Bittar deixou a direção apenas seis meses após assumir o cargo. Segundo opositores e até aliados do presidente corintiano, Roberto de Andrade, a reformulação tem relação com o processo de impeachment do qual o mandatária escapou em fevereiro.