Maduro e ‘cada vez mais solto’: jovem corintiano tem nova fase no Mineirão
Pedro Henrique, de 21 anos, falhou em partida contra o Atlético-MG no Brasileirão do ano passado. Agora, de novo titular do Timão, tem chance de se redimir e se afirmar de vez
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Era apenas o quinto jogo profissional de Pedro Henrique. Contra Cazares, Robinho e Fred, o jovem zagueiro do Corinthians cumpria sua função com qualidade, mas um lance aos 37 minutos do segundo tempo mudou toda a história: ele errou um recuo para Cássio e viu o ataque do Atlético-MG chegar antes para marcar o segundo gol da vitória por 2 a 1 no Mineirão. Consciente da grave falha, ele deixou o gramado chorando, amparado pelos adversários mais experientes e pessimista sobre seu futuro no Timão. Bobagem.
O tempo passou, Pedro Henrique foi mantido como titular, elevou o nível de atuações e só deixou o time por conta de uma lesão no ano passado. Ele começou 2017 no banco, mas há três jogos voltou ao time por conta da lesão de Pablo e segue na tentativa de se firmar pelo Timão. Nesta quarta-feira, às 21h, mais um desafio: a volta ao Mineirão para outra partida contra o Atlético-MG. Ao menos o status é outro na atualidade, pois ele já soma 37 jogos pelo clube, sendo 21 neste ano (17 como titular).
- O ponto mais forte que tem se tocar sobre esse assunto é que o Pedro é corintiano desde sempre. Foi o clube que deu todas as vitórias pessoais da vida dele. Então, quando aconteceu o lance ele chorou pelo momento, por ser o início dele como profissional, primeiros jogos... A emoção foi pela derrota, mas depois disso todos mostraram a ele que o futebol é isso, se aprende nos erros - explica ao LANCE!, o empresário de Pedro Henrique, Rafael Scheidt.
Reconheceu o nome? Hoje responsável pela carreira da promessa corintiana, Scheidt já defendeu o clube como jogador, entre 2000 e 2002. O ex-zagueiro disputou 97 partidas, marcou sete gols e conquistou três títulos (Paulistão em 2001 e Copa do Brasil e Rio São Paulo em 2002). Aposentado desde 2006, Scheidt conduz a carreira de jogadores como Pedro Henrique, a quem vê como preparado para a responsabilidade de substituir Pablo.
- Se zagueiro não falha, não tem gol no futebol, seria sempre 0 a 0. Ele sabe disso, sabe que vai errar, mas que o importante é continuar focado e corrigir o que errou. E ele é muito empenhado, treina, trabalha para melhorar, busca o melhor. Quando ele estava começando nós conversávamos muito, dávamos uma ajudinha aqui e ali. Mas hoje eu só vejo os jogos e tento analisar com ele o que acertou, o que errou. Mas sempre digo para ele responder ao Carille, que também foi zagueiro e está atualizado no mercado mundial para ajudar na formação dele - relata Scheidt, que vê Pedro Henrique cada vez mais preparado para lidar com as responsabilidades de jogar no Corinthians.
- Ele está se soltando, conquistando seu espaço aos poucos, mostrando quem é. Ele é um cara tranquilo, agora vai ser pai (a esposa Caroline está grávida), é sempre do treino para casa, sempre ligando para a família em Santa Catarina. Ele é um menino de grande caráter e cada vez mais solto. O Corinthians tem um grande atleta na mão.
Scheidt descobriu Pedro Henrique há seis anos, nas categorias de base do Imbituba, em Santa Catarina. O jovem jogador rejeitou ofertas de Grêmio, Flamengo e Internacional para fechar com o Corinthians, onde tem contrato até o fim de 2019. O dono da camisa 34 está no Timão desde os 16 anos, viveu um empréstimo ao Flamengo de Guarulhos e já atua profissionalmente desde 2014. Agora é a hora da consolidação.
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