Corinthians negocia para antecipar parcelas de Pedrinho e aliviar contas
Clube tenta empréstimo com um banco em troca da garantia do valor das duas primeiras parcelas da venda do jogador ao Benfica. No entanto, não há prazo para receber o dinheiro
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Com um déficit de R$ 177 milhões no ano passado, uma dívida a curto prazo de cerca de R$ 240 milhões e uma crise agravada pela pandemia de coronavírus, o Corinthians busca alternativas para aliviar os problemas financeiros deste momento. Um deles é conseguir antecipar uma parte do pagamento por Pedrinho, mas não necessariamente junto ao Benfica e sim com bancos.
A ideia é usar a garantia de pagamento do clube português para conseguir empréstimo com alguma instituição financeira. O jogador foi vendido em março deste ano por 20 milhões de euros (R$ 123,4 milhões na cotação atual), sendo que o acordo foi firmado par que esse valor fosse dividido em quatro parcelas. A primeira em julho deste ano. No entanto, há a compreensão de que ela irá atrasar, já que os europeus também sentem os efeitos da pandemia.
O Corinthians ficará com 70% do valor e os outros 30% ficam com Pedrinho e seu empresário. Sem contar o bônus de 2 milhões de euros (R$ 11,9 milhões) que o Timão ainda pode receber caso o meia-atacante atinja algumas metas enquanto jogar em Portugal. A variação cambial tem beneficiado o clube, que viu a quantia em real crescer mais de R$ 10 milhões desde o anúncio da venda.
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Mas o plano corintiano tem encontrado barreiras nos juros cobrados pelos bancos para a operação do empréstimo. Em entrevista para uma live do "Meu Timão" na última terça-feira, Andrés Sanchez admitiu a importância que esse dinheiro vai ter para o clube e contou a estratégia que está sendo utilizada para conseguir a antecipação dos valores. O processo, porém, não está adiantado.
- O dinheiro é importantíssimo para acertar algumas contas que estão pendentes e para ter um suspiro mais para frente, mas os bancos também estão difíceis, juros absurdos. A gente está negociando, mas não tem nada adiantado não. Estamos negociando, ainda não tem prazo para o dinheiro entrar. A intenção é antecipar as duas parcelas mais próximas - relatou o mandatário do Timão, que também explicou o destino desse dinheiro:
- Prioridade é acertar algumas luvas de jogadores, acertar o fundo de garantia, pagar mais algumas coisas e no mínimo aguentar mais dois meses de salário para o clube e para os jogadores para frente - concluiu.
Até o momento, por conta da pandemia de coronavírus, o Corinthians teve a suspensão do pagamento de cinco patrocinadores e alguns reduziram em 25% em suas verbas, além disso a TV ainda não pagou algumas cotas dos direitos de transmissão e o sócio-torcedor tem perdido torcedor adimplentes. Por essas e outras, o clube cortou o salário dos jogadores em 25% para o próximo mês, enquanto a comissão técnica e outros funcionários tiveram redução de 70%.
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