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Oswaldo deixa presidente do Timão sem saída e pode gerar racha político

Roberto de Andrade decidiu sozinho pela contratação do técnico, que deve ser confirmado nesta sexta. Diretor adjunto de futebol deve entregar cargo e Andrés Sanchez pode romper

Oswaldo de Oliveira já dirigiu o Timão 114 jogos
imagem camera(Foto: Ivan Storti)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/10/2016
23:28
Atualizado em 14/10/2016
06:35

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Oswaldo de Oliveira deixou o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, em uma sinuca de bico: se o dirigente confirmar a contratação, apalavrada com o treinador desde o último fim de semana, ele deve ser abandonado por aliados políticos e sofrer críticas de boa parte da torcida. Por outro lado, se desistir, perderá autoridade e ainda irá protagonizar trapalhada histórica, já que o técnico se desligou do Sport para voltar ao Timão.

O fato de Oswaldo ainda não ter sido anunciado como substituto de Cristóvão Borges, mesmo tendo confirmado a saída do clube pernambucano na terça-feira, alimenta a esperança de quem tenta demover Roberto de Andrade da ideia de contratá-lo. O presidente tem sido pressionado para melar a negociação, conduzida exclusivamente por ele, mas segue relutante e deve confirmar a contratação nesta sexta.

O mandatário já está ciente de que a chegada de Oswaldo deve provocar um racha no grupo político que o apoia. O diretor adjunto de futebol, Eduardo Ferreira, tem dito a pessoas próximas que assim que o treinador for contratado ele entregará o cargo. Ele já cogitava pedir exoneração no fim do ano, mas o fato de não ter sido consultado sobre o novo comandante da equipe o fez pensar em antecipar a saída.

Edu, como é conhecido, é muito próximo ao ex-presidente corintiano Andrés Sanchez, que também está irritado com a escolha monocrática de Roberto de Andrade. O deputado federal (PT-SP) entende que deveria ter sido consultado sobre o novo treinador da equipe e também cogita romper com Roberto, seu companheiro de longa data. Esta decisão poderia gerar uma debandada de outros aliados.

Afora a delicada questão política, o presidente do Timão, que tem mandato até o fim de 2017, terá de lidar com a ira de parte da torcida, que é contrária a Oswaldo.

Os membros da cúpula alvinegra adotam silêncio. Eduardo Ferreira e o gerente de futebol Alessando Nunes não quiseram conceder entrevistas na última quinta-feira na chegada a São Paulo depois da vitória sobre o Santa Cruz, em Cuiabá. O diretor falou brevemente na quarta-feira, quando deixou claro incômodo por Roberto de Andrade ser o único a tratar sobre o novo treinador:

– O que posso falar é que para a gente (diretores e gerentes) não chegou nada, vamos esperar o Roberto confirmar alguma coisa.

A expectativa era de que a contratação do treinador até o fim de 2017 fosse sacramentada pelo Corinthians na quinta-feira, mas isso não aconteceu. Oswaldo deve viajar a São Paulo nesta sexta... e com ele levará um turbilhão político.

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